Com frequência, o intenso calendário do futebol brasileiro suscita debates e reclamações por parte de diversos treinadores. Contudo, o ex-jogador Vampeta apresentou recentemente uma perspectiva discordante em relação a essas críticas recorrentes.
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Durante sua participação no programa “Bate-Pronto”, da Jovem Pan, Vampeta questionou a validade das queixas sobre a agenda de jogos. Ele argumentou que o formato de partidas às quartas-feiras e domingos representa um padrão global no futebol profissional.
A perspectiva de Vampeta
O ex-volante utilizou exemplos internacionais para sustentar seu ponto de vista, mencionando que clubes como o Real Madrid enfrentam rotinas semelhantes, conciliando campeonatos nacionais e torneios continentais. Assim, ele indagou sobre qual seria a alternativa desejada pelos técnicos que reclamam.
Vampeta expressou surpresa com a insatisfação, perguntando retoricamente se os profissionais prefeririam atuar apenas uma vez por semana. Ele sugeriu que a essência da competição de alto nível envolve essa frequência de jogos.
Ademais, o comentarista classificou as contínuas reclamações como excessivas, descrevendo-as como “muito ‘mimimi'”. Ele propôs, de forma provocativa, que os clubes insatisfeitos com a carga de competições poderiam optar por focar em apenas um torneio.
Para reforçar sua posição, Vampeta contrastou a situação dos times que disputam múltiplas frentes com aqueles que têm semanas livres, como o Santos na ocasião mencionada. Ele supôs que a torcida, a diretoria e os jogadores de um time como o Santos prefeririam estar em atividade constante, pois, segundo ele, “Time grande tem que estar jogando”.
As reclamações de treinadores
Por outro lado, figuras como Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, frequentemente manifestam preocupação com o calendário brasileiro. Após uma vitória pelo Brasileirão Série A, o treinador português voltou a abordar o tema.

Abel Ferreira destacou as dificuldades inerentes ao futebol no país, afirmando: “Eu já aprendi que o futebol brasileiro não é para amadores. É difícil, muito jogo, pouco treino, muita viagem. É muito difícil aqui no Brasil jogar na força máxima. Vocês sabem que eu já falei muito, temos que fazer uma gestão de energia para jogar na máxima força.” Sua fala enfatiza a necessidade de gerenciamento físico diante da sequência de partidas e deslocamentos.
As críticas, entretanto, não se restringem a treinadores estrangeiros. Renato Gaúcho, atualmente no comando do Fluminense, também já expressou descontentamento com a organização das competições enquanto dirigia o Grêmio.
Naquela época, Renato Gaúcho declarou sua opinião sobre os responsáveis pela elaboração do calendário: “As pessoas que fazem o calendário e pensam o futebol brasileiro não entendem nada de futebol e não entram em campo. Pra quem vive do futebol, realmente fica pesado”. Dessa forma, ele atribuiu a dificuldade a uma suposta falta de compreensão prática por parte dos organizadores.