O Corinthians vive a expectativa concreta de embolsar R$ 14,5 milhões ainda nesta temporada, valor referente à possível venda de 50% dos direitos econômicos do meia-atacante Guilherme Biro. O jogador, revelado pelas categorias de base do clube, está atualmente emprestado ao Sharjah FC, dos Emirados Árabes Unidos, com contrato válido até 30 de junho de 2025.
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O acordo firmado no início do empréstimo estipula uma cláusula de opção de compra, pela qual o clube árabe pode adquirir metade dos direitos econômicos do jogador por 2,5 milhões de dólares — quantia equivalente a R$ 14,5 milhões na cotação atual. Esse valor, caso o negócio seja concluído, será repassado integralmente ao Corinthians.
Aliás, o clube paulista já recebeu 300 mil dólares — cerca de R$ 1,6 milhão — pela cessão de Biro ao Sharjah. A negociação foi articulada ainda na gestão do atual presidente Augusto Melo, que buscava reduzir os custos do elenco, priorizando atletas mais acessíveis financeiramente e negociando aqueles que estavam fora do planejamento.
Desempenho no exterior e impacto no clube
Guilherme Biro tem se destacado no futebol árabe. Conforme os dados levantados, ele participou de 28 partidas e contribuiu diretamente com seis ações ofensivas — somando gols e assistências. Números superiores aos que apresentou no Corinthians entre 2021 e 2024, quando entrou em campo 29 vezes, totalizou 1.156 minutos jogados e não marcou nem deu assistências.
“Biro atingiu um desempenho que sequer se aproximou durante sua passagem pelo Parque São Jorge”, comentou uma fonte ligada à negociação.
Assim sendo, a tendência é que o Sharjah exerça a cláusula de compra até o fim do vínculo atual. O meia de 20 anos chegou ao Corinthians em 2015 e tem contrato vigente com o clube brasileiro até dezembro de 2027. Com a sinalização positiva dos árabes, o Corinthians vê a venda como estratégica, principalmente diante do momento financeiro delicado pelo qual atravessa.
A possível entrada de R$ 14,5 milhões ajudaria o clube a aliviar parte da crise financeira que enfrenta. Ainda mais, abre margem para reorganizar o caixa sem necessidade imediata de novas saídas de jogadores do elenco principal.
Gestão e expectativa no Parque São Jorge
A eventual concretização da venda de Guilherme Biro seria uma vitória para a diretoria comandada por Augusto Melo. “Nosso objetivo era buscar ativos que pudessem render retorno ao clube mesmo fora dos planos imediatos”, teria dito um dirigente próximo ao presidente.
Em meio a um cenário de incertezas econômicas e tentativas de reorganização orçamentária, esse tipo de transação representa uma fonte de receita importante. Afinal, o clube tem lidado com cobranças de credores, folha salarial elevada e necessidade de investimentos pontuais para a sequência da temporada.
Portanto, a expectativa é que, caso o Sharjah confirme o interesse e oficialize a proposta, o Corinthians finalize a venda sem resistência. A diretoria vê o movimento como um desdobramento natural de uma política mais austera de contratações e aproveitamento da base.
