Pedrinho BH está surpreso com as diferenças que encontrou na transição do mercado corporativo para o do futebol. O dono da SAF do Cruzeiro admitiu que vários erros foram cometidos nas contratações desta temporada e disse não estar acostumado com altos valores praticados no esporte.
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O presidente celeste assumiu o controle do futebol há quase um ano, das mãos de Ronaldo Fenômeno. O empresário dono de uma rede supermercados, chegou ao clube motivado pela paixão pessoal, como cruzeirense. Torcedor apaixonado pela Raposa, Pedro Lourenço tem investido cada vez mais para montar uma equipe competitiva.
Foram gastos mais de 250 milhões de reais na contratação de quase três dezenas de atletas. Curiosamente, entre eles, nomes badalados como o de Dudu e Gabigol não custaram um centavo em compensações financeiras. Mas, recebem grandes salários à altura das carreiras vitoriosas que ostentam.
Porém, essa discrepância no investimento feito no futebol com o retorno tem incomodado Pedrinho BH. O Cruzeiro até chegou à final da Copa Conmebol Sul-Americana mas perdeu para o Racing. No Brasileirão, ficou de fora da lista de times classificados para a Copa Libertadores da América, o que estremeceu a relação com o antigo treinador, Fernando Diniz.
A exigência de uma equipe competitiva, que alce voos maiores do que nos últimos anos, fez com o que Diniz caísse do comando técnico com apenas três rodadas de Campeonato Mineiro. Para o lugar dele, Leonardo Jardim assumiu, mas a equipe ainda não engrenou.
A Raposa ficou de fora das finais do estadual e perdeu na estreia da Sul-Americana. No Campeonato Brasileiro, soma três pontos depois de uma vitória e uma derrota, ocupando a 12ª colocação.
Os acontecimentos nos quatro primeiros meses do ano, condicionaram Pedrinho BH a acreditar que algumas contratações feitas nesta temporada foram equivocadas. Em entrevista à Tempo Sports, admitiu que o departamento de futebol errou.
“Nós erramos muito nas contratações. Erramos bastante. Não vou citar nome, porque é deselegante, mas erramos”, disse.
Ele ainda se mostrou incomodado com os valores praticados no futebol . Segundo o empresário, o esporte é “péssimo” como negócio.
“O futebol, como negócio, é péssimo. Não estou acostumado com os salários que ganham os jogadores”, finalizou.