A vitória do Vasco sobre o Puerto Cabello, por 1 a 0, na noite de terça-feira (08 de abril), em São Januário, garantiu os primeiros três pontos da equipe na atual edição da Copa Sul-Americana. No entanto, o resultado positivo não foi suficiente para apaziguar a relação entre o técnico Fábio Carille e os torcedores cruz-maltinos, que protestaram do início ao fim da partida.
Notícias mais lidas:
Antes mesmo da bola rolar, Carille teve seu nome vaiado durante o anúncio da escalação. Similarmente, os protestos se intensificaram ao longo do segundo tempo, período em que o time apresentou queda de rendimento ofensivo. A situação se agravou após o apito final, quando grande parte do estádio entoou gritos pedindo a saída do treinador.
Em entrevista coletiva, Carille reconheceu o direito da torcida de se manifestar, mas fez um apelo para que as críticas sejam feitas após as partidas. “O Vasco precisa muito do torcedor. Quando me xingam ou xingam um atleta, isso passa para o campo. Aceleramos e não está ajudando em nada. Está gerando um nervosismo desnecessário”, declarou o técnico.
A atuação da equipe, apesar da vitória, não convenceu. O Vasco teve dificuldades para criar jogadas e abusou dos cruzamentos buscando Vegetti. Mesmo com a pressão exercida principalmente a partir dos 30 minutos da primeira etapa, o gol saiu apenas nos acréscimos, após jogada aérea concluída pelo centroavante argentino. O segundo tempo trouxe mais chances, mas o time voltou a pecar nas finalizações.
O elenco demonstrou apoio público ao treinador. Logo após o gol, Vegetti reuniu os companheiros para abraçar Carille, gesto que foi recebido com novas vaias por parte da torcida. Conforme relatado, o clima em São Januário já vinha tenso desde atuações anteriores, incluindo um empate na estreia da Sul-Americana e uma derrota contundente para o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro.
Apesar do ambiente hostil, o Vasco encerrou a rodada na liderança provisória do Grupo G, com quatro pontos. O próximo compromisso da equipe na competição continental será na segunda-feira (22 de abril), novamente em São Januário, diante do Lanús. Ainda assim, o técnico segue pressionado, e o apoio do elenco parece não ter sido suficiente para mudar o sentimento dominante entre os torcedores.