Vasco x Puerto Cabello: a declaração de Carille

Carille pelo Vasco
Carille pelo Vasco (Foto: Reprodução)

A vitória do Vasco por 1 a 0 sobre o Puerto Cabello, pela segunda rodada da Copa Sul-Americana, não foi suficiente para conter a insatisfação de parte dos torcedores presentes em São Januário. Mesmo com o resultado positivo, o técnico Fábio Carille foi alvo de vaias e pedidos de demissão durante o segundo tempo e, sobretudo, após o apito final da partida.

Conforme os minutos avançavam e o desempenho ofensivo da equipe diminuía, os gritos de reprovação se intensificaram. Para Carille, as manifestações durante o jogo afetam diretamente o desempenho dos atletas em campo. “O Vasco precisa muito do torcedor. Eu vejo que quando me xingam ou xingam um atleta, isso passa pro campo”, declarou o treinador.

Aliás, Carille reforçou que aceita as críticas após o término das partidas, mas acredita que as vaias durante os 90 minutos têm causado instabilidade emocional no elenco. “Depois do jogo, à vontade, o torcedor tem direito. Mas tem que entender que não está ajudando”, completou o comandante vascaíno, ao citar que o clima negativo gera “nervosismo desnecessário”.

Apesar do ambiente conturbado, o treinador elogiou a atuação da equipe e destacou a consistência tática apresentada. “Criamos várias oportunidades em cima do que trabalhamos e imaginamos. Poderíamos ter feito mais gols”, afirmou Carille. Ele também observou que o goleiro Léo Jardim não foi exigido em defesas difíceis.

A partida, embora vitoriosa, refletiu um momento de tensão no clube, que ainda busca se consolidar sob a liderança do novo técnico. O desgaste na relação com a torcida, portanto, surge como um obstáculo adicional no processo de construção do trabalho de Carille.

Em suma, a noite em São Januário expôs não apenas a vitória cruz-maltina, mas também os desafios extracampo enfrentados pelo treinador, que precisa conciliar os resultados com a exigência crescente da arquibancada.