O meio-campista Luiz Gustavo, atualmente no São Paulo, foi diagnosticado com tromboembolismo pulmonar, condição grave que levou à sua internação no último sábado. O quadro clínico exige tratamento com anticoagulantes, o que o afastará dos gramados por, pelo menos, três meses. Conforme informado pelo clube, o atleta de 37 anos relatou dores na região torácica após a partida contra o Talleres, na Argentina. Anteriormente, ele havia se recuperado de uma fratura no pé esquerdo e participou de apenas duas partidas em 2025.
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O tromboembolismo pulmonar ocorre quando um coágulo sanguíneo, geralmente originado nas pernas, se desloca pela corrente sanguínea até atingir as artérias pulmonares, obstruindo a passagem do sangue. “Esse bloqueio pode comprometer o fornecimento de oxigênio ao corpo, resultando em danos graves e, em casos extremos, até a morte”, explicou o cardiologista e médico do esporte Mateus Freitas Teixeira.
Dentre os fatores de risco mais comuns estão longos períodos de imobilidade, como viagens prolongadas, lesões ortopédicas, uso de anabolizantes ou anticoncepcionais, além de doenças hematológicas e câncer. No caso de atletas profissionais, essas situações ocorrem com certa frequência. “Por isso, é importante que a equipe médica esteja sempre atenta a esses sinais”, ressaltou o especialista.
O tratamento exige monitoramento constante. Durante a fase inicial, é necessário que o paciente permaneça internado. “Não se recomenda que o atleta pratique esportes nesse período, porque o uso de anticoagulantes aumenta o risco de sangramentos, o que pode ser perigoso em esportes de contato como o futebol”, complementou Teixeira.
Assim como Luiz Gustavo, o atacante Osvaldo, do Vitória, também enfrentou o mesmo problema em setembro do ano passado. Após quatro meses de recuperação, ele retornou aos campos em janeiro e já soma 13 jogos na temporada atual. Ambos os casos evidenciam a necessidade de atenção médica imediata ao surgimento dos primeiros sintomas.
Por fim, o episódio reforça a importância do acompanhamento médico no futebol de alto rendimento. Embora o retorno aos gramados dependa da evolução clínica individual, o principal foco neste momento é garantir uma recuperação segura para o atleta, respeitando os protocolos de saúde estabelecidos.