O Atlético-MG enfrenta um momento de instabilidade fora das quatro linhas. Mesmo após o processo de transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), liderado pelo empresário Rubens Menin, o clube mineiro não tem conseguido honrar seus compromissos financeiros. Conforme revelado recentemente, há atraso tanto nos salários quanto no pagamento dos direitos de imagem dos jogadores.
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De acordo com informações apuradas, os direitos de imagem não são pagos há dois meses, enquanto os salários deste mês ainda não foram depositados. Essa situação acontece em paralelo a um início de temporada aquém do esperado. No Campeonato Brasileiro, o time somou apenas um ponto nos dois primeiros jogos, resultado de um empate e uma derrota. Na Sul-Americana, a equipe estreou com empate e volta a campo nesta quinta-feira (10), quando enfrenta o Deportes Iquique, às 19 horas (horário de Brasília).

Mesmo diante desse cenário delicado, o técnico Cuca tem insistido na necessidade de reforçar o elenco. Ele avalia que a equipe precisa de novas peças para manter um bom nível de desempenho ao longo da temporada. Entretanto, encontra resistência por parte da diretoria, que prioriza a necessidade de gerar receita por meio da venda de jogadores já na próxima janela de transferências do meio do ano.
Esse conflito interno revela um contraste claro entre os setores técnico e administrativo do clube. Enquanto a comissão técnica busca alternativas para melhorar o rendimento em campo, a diretoria tenta equilibrar as contas, evidenciando uma fragilidade estrutural, que surpreende pelo fato de a equipe já ter passado por um processo de reestruturação com a criação da SAF.
Ainda que a diretoria não tenha divulgado o valor atualizado da folha salarial em 2025, estima-se que o montante permaneça próximo dos R$ 25 milhões mensais, conforme era em 2024. Essa manutenção do patamar salarial, contudo, não tem sido suficiente para garantir os pagamentos em dia, o que levanta questionamentos sobre o planejamento adotado após a mudança de modelo de gestão.
Apesar disso, o ambiente interno no Atlético-MG tem se mantido estável. Segundo relatos, o grupo de jogadores tem demonstrado comprometimento e foco nos próximos compromissos, sem deixar que os problemas financeiros interfiram diretamente no desempenho esportivo. Ainda assim, o contexto atual exige respostas rápidas e eficazes da nova gestão para evitar que a crise se aprofunde.