A derrota do Flamengo para o Central Córdoba, por 2 a 1, na noite de quarta-feira (09), no Maracanã, ultrapassou os limites do campo. Durante o segundo tempo, torcedores rubro-negros arremessaram copos de cerveja em direção aos jogadores que estavam no banco de reservas, em um ato que gerou forte indignação entre os atletas. Os jogadores reagiram de forma imediata, tentando identificar os autores da atitude.
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Os jogadores que estavam à beira do gramado não esconderam o incômodo. Alguns se levantaram e apontaram para a arquibancada, em claro gesto de cobrança, enquanto outros trocaram palavras com torcedores mais exaltados.
A insatisfação da torcida se manifestou desde o primeiro tempo, com vaias após o apito que encerrou a etapa inicial. Ao final da partida, os protestos se intensificaram, motivados não apenas pelo resultado negativo, mas pela repetição de erros já conhecidos.
Erros recorrentes agravam momento
O revés diante do Central Córdoba expôs novamente deficiências antigas do Flamengo. A equipe, que atuou com amplo domínio de posse de bola e volume ofensivo, voltou a pecar na finalização. Conforme a análise da partida, o time comandado por Filipe Luís criou diversas chances claras de gol, mas falhou na hora de concluir. Juninho, Bruno Henrique, Arrascaeta e Léo Ortiz desperdiçaram oportunidades ainda no primeiro tempo.
A equipe argentina abriu o placar em cobrança de pênalti convertida por Hederia, após toque de mão de Léo Pereira. Em seguida, Florentin ampliou a vantagem aproveitando falha coletiva da defesa rubro-negra em jogada de bola parada. O Flamengo, que teve 79% de posse de bola na etapa inicial, foi para o intervalo com dois gols de desvantagem.
No segundo tempo, Filipe Luís promoveu três mudanças: Wesley, Pulgar e Gerson substituíram Varela, Evertton Araújo e Juninho. As alterações deram nova dinâmica à equipe, que pressionou com finalizações de Plata e Wesley — este último, inclusive, acertou o travessão. De la Cruz marcou o único gol rubro-negro em cobrança de falta aos 15 minutos, mas a reação parou por aí.
Apesar de melhorar na segunda etapa, o Flamengo continuou exposto aos contra-ataques. O retorno de Pedro, após sete meses lesionado, não foi suficiente para alterar o cenário. O centroavante entrou aos 28 minutos, mas praticamente não foi acionado.
A derrota no Maracanã colocou fim a uma invencibilidade de 27 jogos do técnico Filipe Luís e reacendeu o alerta em relação ao desempenho na Libertadores. A campanha irregular obriga o clube a buscar resultados imediatos a fim de evitar maiores riscos na competição continental.
Ao final do confronto, a principal conclusão foi a de que o time repete erros já vistos em outras partidas: falta de eficácia no ataque e vulnerabilidade defensiva. Conforme destacou a análise, “a dificuldade em converter oportunidades em gol pode custar o resultado. Se não acertar, pode custar uma temporada”.
