Roberto Rivellino, campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1970, manifestou insatisfação com a forma como o técnico Abel Ferreira tem utilizado o jovem Estêvão, de apenas 17 anos, no Palmeiras. Em sua análise no programa Cartão Verde, da TV Cultura, o ex-meia criticou o recuo excessivo atribuído ao atleta, considerando que essa estratégia limita seu potencial.
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Segundo Rivellino, o treinador exige que Estêvão participe ativamente da recomposição defensiva, inclusive marcando laterais e voltando até a linha de defesa. Para o comentarista, isso prejudica justamente a principal característica do camisa 41: a habilidade no um contra um próximo à área rival, essencial para criar jogadas de ataque. “Vai desgastar o moleque lá atrás. Isso é judiar do garoto. Vai perder o que ele tem de melhor que é a qualidade no mano a mano”, afirmou.

Ainda de acordo com Rivellino, Estêvão é o único jogador do elenco alviverde com capacidade de romper as linhas defensivas adversárias por meio do drible. Aliás, ele acredita que essa singularidade deveria ser aproveitada com o atleta atuando mais adiantado, próximo ao setor ofensivo, onde sua presença pode ser decisiva.
“O Estêvão é especial. É a única opção ofensiva do Palmeiras que quebra linhas. Tomara que ele volte a jogar o futebol que agrada muito ofensivamente”, comentou o ex-jogador, que vê no jovem uma peça-chave para o desenvolvimento criativo da equipe, principalmente diante de adversários com forte sistema defensivo.
Enquanto isso, o Palmeiras se prepara para o clássico contra o Corinthians, válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. A partida está marcada para sábado (12), às 18h30 (horário de Brasília), na Arena Barueri. O confronto acontece fora do Allianz Parque por conta de um show programado no estádio.
Atualmente, a equipe comandada por Abel Ferreira soma quatro pontos e ocupa a sétima posição na tabela. O Corinthians, também com quatro pontos, aparece na vice-liderança por conta do saldo de gols. O Dérbi, portanto, promete ser um teste importante tanto para o time quanto para a gestão do elenco, especialmente no que diz respeito ao aproveitamento de jovens talentos como Estêvão.