Embora o Vasco tenha conquistado uma vitória recente sobre o Puerto Cabello pela Copa Sul-Americana, a equipe segue sem apresentar um futebol convincente na temporada. Sob o comando de Fábio Carille, o time ainda procura um padrão de jogo que traga segurança aos torcedores e resultados consistentes tanto no cenário nacional quanto internacional.
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A instabilidade ficou evidente na análise feita por Ana Thaís Matos, comentarista do Grupo Globo. Segundo ela, o treinador vascaíno deixou de lado a principal característica que marcou sua trajetória no futebol: a solidez defensiva. “Ele era treinador de defesa de vários técnicos no Corinthians… Mano, Tite etc. Depois foi campeão brasileiro com esse DNA defensivo em 2017”, relembrou a jornalista, ao citar a passagem marcante de Carille no clube paulista.

Aliás, essa tentativa de reformulação pode estar custando caro ao treinador. Conforme apontado por Ana Thaís, Carille parece ter cedido à pressão por um futebol mais ofensivo, e nesse processo, acabou se distanciando daquilo que fazia melhor. “Acho que o Carille sofreu tanta pressão por ser esse treinador mais defensivo que ele foi tentando mudar isso e no final ele perdeu a sua principal característica”, afirmou.
Atualmente, o Vasco já soma 19 gols sofridos na temporada de 2025, número que evidencia a dificuldade em encontrar estabilidade no setor mais recuado. Para Ana Thaís, o time não demonstra organização nem apresenta uma “cara” definida sob a direção de Carille. “Perdeu a principal característica dele, que era esse time mais defensivo, que sofria muito pouco”, destacou.
A ausência de uma identidade clara no esquema adotado pelo treinador tem gerado dúvidas não apenas entre os torcedores, mas também na crônica esportiva. Afinal, a equipe parece distante de um modelo tático que traga confiança e solidez dentro de campo. “Qual vai ser a cara desse Vasco?”, questionou a comentarista.
Portanto, enquanto a temporada avança e os desafios se acumulam, a principal cobrança sobre Carille não é apenas por resultados imediatos, mas, sobretudo, por um plano de jogo coerente com seu histórico e com as carências do elenco. O tempo, entretanto, parece cada vez mais curto para reencontrar o equilíbrio perdido.