A declaração de Zico direcionada a Alan Patrick, do Internacional

Zico, ex-jogador do Flamengo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Zico, ídolo do futebol brasileiro, elogiou publicamente a fase vivida por Alan Patrick, meia do Internacional. Após o hat-trick marcado pelo jogador na vitória por 3 a 0 sobre o Atlético Nacional, pela Libertadores, o ex-camisa 10 da Seleção destacou a regularidade do atleta e apontou sua capacidade como organizador de jogadas. “Quando você tem um jogador do nível dele, na posição real, a possibilidade de sucesso é muito grande”, afirmou o ex-jogador.

Alan Patrick, que teve passagem pelo Flamengo entre 2015 e 2016, voltou ao Shakhtar Donetsk naquele período e, posteriormente, se transferiu para o Internacional. Atualmente, é visto como protagonista no clube gaúcho. Conforme Zico, o meia representa uma exceção no cenário atual do futebol nacional, onde há escassez de atletas com esse perfil. “É há bastante tempo um dos poucos camisas 10 do futebol”, observou.

A crítica de Zico se estende à predominância de estrangeiros ocupando a camisa 10 no Brasil. O ex-meia citou jogadores como Arrascaeta, Garro e Payet, que atuam com destaque na função. Para ele, o futebol brasileiro perdeu espaço para os meias clássicos, pois há preferência pelos pontas no esquema tático. “Hoje o 10 é sempre estrangeiro”, lamentou.

Ao mencionar Ganso como exceção entre os brasileiros, Zico reconheceu sua inteligência tática e qualidade técnica, mesmo com menor presença na área. Ele também comentou que Neymar se adaptou à função de armador, apesar de ter origem como ponta, destacando sua versatilidade.

Zico evitou comentar sobre o futuro treinador da Seleção, mas cobrou maior atenção a jogadores que atuam no país. “Disputamos o campeonato mais complicado do mundo. Hoje é absoluto na América do Sul”, pontuou, ressaltando que quem joga no Brasil deveria ser mais observado.

Enquanto isso, Alan Patrick mantém viva a esperança de uma convocação. Sua consistência em campo e liderança no Internacional o colocam como candidato a uma vaga na Seleção. Afinal, sob a bênção de Zico, o meia tenta transformar seu bom momento em conquistas maiores.