Ele deixou o Vasco e agora marcou gol decisivo no exterior

Ricardo Graça viveu uma semana especial no futebol japonês. O zagueiro, revelado pelo Vasco, marcou o gol que classificou o Júbilo Iwata para a terceira fase da Copa da J-League. A vitória por 2 a 1 sobre o rival Shimizu S-Pulse encerrou um jejum de seis anos do clube no clássico da província de Shizuoka. Além do feito esportivo, a comemoração teve um toque familiar: Graça celebrou o gol colocando a bola sob a camisa, simbolizando a espera por sua segunda filha, Ana Clara.

“Foi muito importante, porque eu estava voltando de lesão depois de um mês”, explicou o defensor, ao relembrar a emoção de decidir o clássico regional. “Com certeza é um momento que vou guardar na memória”, completou. O gol, marcado com um chute seco e de primeira, teve um significado ainda maior para o jogador, que descreveu como “especial demais” o contexto da partida e da comemoração.

Atualmente com 28 anos, Graça tem contrato com o Júbilo até dezembro de 2025. O defensor ainda não decidiu se retornará ao Brasil após o fim do vínculo. “De coração, eu ainda não sei. Amo o Brasil, mas minha família gosta muito daqui, já está adaptada”, ponderou. A decisão, segundo ele, será tomada em conjunto com os familiares, a fim de escolher o melhor caminho.

Com boa fase individual e coletiva, o Júbilo ocupa a terceira posição na Segunda Divisão japonesa, empatado em pontos com o vice-líder Omiya Ardija. Os dois primeiros colocados sobem direto, enquanto o terceiro disputa um playoff. O próximo compromisso será no domingo (13 de abril), diante do Roasso Kumamoto, quando Graça completará 100 partidas pelo clube.

Questionado sobre a marca, o zagueiro demonstrou gratidão. “Nunca pensei em vir para cá, mas logo que cheguei me adaptei e gostei muito”, revelou. Sua filha, inclusive, já vive no Japão há mais tempo do que morou no Brasil, o que reforça o vínculo familiar com o país asiático.

Por fim, Graça destacou o impacto da vitória no clássico para o elenco. “Ganhar do maior rival sempre levanta a autoestima”, declarou. “Agora é focar na liga para voltar à Primeira Divisão, de onde a gente não deveria ter saído.”