Depois de ser alvo de insultos homofóbicos e xenofóbicos durante o Dérbi do Campeonato Brasileiro, Ángel Romero alfinetou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. O atacante do Corinthians apontou que a dirigente palmeirense deveria se posicionar sobre a questão por estar engajada na luta contra o racismo.
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O Corinthians visitou o Palmeiras na Arena Barueri pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro e foi derrotado por 2 a 0. Os gols da partida foram marcados por Joaquin Piquerez e Emiliano Martínez, ambos na primeira etapa. O resultado manteve o Timão com 4 pontos na tabela de pontuação, enquanto o Alviverde chegou aos 7 e lidera a competição.
O confronto, no entanto, também foi marcado por infelizes manifestações palmeirenses nas arquibancadas do estádio. Ángel Romero relatou que foi alvo de cantos homofóbicos e xenofóbicos durante o jogo e cobrou um posicionamento da presidente do arquirrival, Leila Pereira. Ele ainda deixou no ar que se os fatos ocorressem no estádio corintiano, o clube sofreria sanções.
“Essa pergunta deveria ser feita para a presidente do Palmeiras, ela está preocupada com isso. Está claro tudo o que aconteceu hoje. Mas não vai acontecer nada, porque a gente sabe de onde vem, da torcida de quem vem. Mas se fosse na (Neo Química) Arena, a gente sabe o que iria acontecer. Sempre a mesma coisa”, disparou.
Leila tem se posicionado bastante sobre a questão de racismo desde que Luighi, atacante das categorias de base do Alviverde, sofreu insultos racistas em uma partida da Libertadores sub-20, em uma partida contra o Cerro Porteño, no Paraguai.
No desabafo, Ángel Romero relembrou o ocorrido e cobrou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tome atitude diante do caso.
“Todo mundo vê o que acontece lá fora, mas aqui dentro… Todo mundo ouviu os gritos que aconteceram aqui, de xenofobia, preconceitos e discriminação. Claro, eu vou continuar combatendo esse tipo de coisa, porque está errado, mas quero ver se tem punição. Aconteceu no jogo contra o Cerro Porteño, com a mesma torcida, atos de racismo, e vamos ver se a Conmebol faz alguma coisa… Em 2023 teve punição contra o Corinthians também (pela CBF). Vamos ver se agora eles punem também ou se há alguma preferência de punição”, disse.
Por fim, ele relatou que sofre xenofobia diariamente e disparou contra o Brasil, afirmando que existe muita discriminação no país, mas que “a maioria das pessoas não quer aceitar isso”.
“Sempre é a mesma coisa, só que eu não fico falando todo dia disso. Eu falei aquela vez, na entrevista que eu dei para uma rádio do Paraguai, que sou contra racismo, xenofobia e sempre vou estar combatendo isso. Preconceito e discriminação… Convivo com isso todos os dias. Por isso que eu falei, o Brasil é o país com mais discriminação, só que a maioria das pessoas não quer aceitar isso”, finalizou.