O Cruzeiro enfrenta uma fase conturbada em 2025, marcada por instabilidade técnica, problemas internos e resultados decepcionantes. A equipe venceu apenas quatro dos 14 jogos disputados até o momento e teve três treinadores diferentes, sendo um deles interino. Esse cenário é, em grande parte, reflexo das dificuldades enfrentadas desde o fim da temporada passada, quando o clube não conseguiu vaga na Libertadores e acumulou críticas à permanência de Fernando Diniz.
Notícias mais lidas:
Apesar da manutenção de Diniz no cargo, o início da pré-temporada nos Estados Unidos foi curto, com menos de duas semanas de trabalho. A pressão aumentou após uma sequência negativa, e o treinador acabou demitido após três partidas oficiais. Durante esse período, o elenco também demonstrou sinais de desgaste. Matheus Pereira chegou a declarar que queria retornar à Europa, enquanto o goleiro Cássio foi alvo de críticas nas redes sociais.
A crise se agravou com a eliminação no Campeonato Mineiro, que teve a pior campanha do clube no século. Foram apenas três vitórias em dez jogos, ficando com a sexta melhor campanha na fase inicial. A situação gerou reações da torcida, que protestou contra jogadores e contra o CEO Alexandre Mattos. O lateral Marlon foi um dos alvos e acabou emprestado ao Grêmio.
O proprietário do clube, Pedro Lourenço, que já investiu mais de R$ 400 milhões desde 2023, fez críticas públicas à direção e admitiu prejuízos financeiros. “Futebol é um péssimo negócio”, afirmou. Ele também reconheceu falhas na montagem do elenco e cobrou mudanças na estrutura da equipe.
Na Conmebol Sul-Americana, o cenário também é preocupante. O time perdeu as duas primeiras partidas e ocupa a última colocação do Grupo E. Os resultados ruins representam não apenas desgaste esportivo, mas também perdas financeiras, ultrapassando R$ 1,3 milhão em premiações não conquistadas.
Por fim, a pressão interna aumentou após a segunda derrota no torneio continental. Reuniões entre direção, jogadores e o dono do clube demonstraram que o ambiente no Cruzeiro está em ebulição. A crise envolve questões técnicas, administrativas e psicológicas, que afetam diretamente o desempenho em campo.
