Durante uma transmissão ao vivo no canal “TiaGOL”, o jornalista Tiago Leifert criticou a forma como o Cruzeiro tem conduzido seu planejamento no futebol profissional. O comunicador destacou o desequilíbrio financeiro de clubes que investem valores elevados sem retorno esportivo proporcional, mencionando o caso do time mineiro como exemplo dessa prática.
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Leifert chamou a atenção para situações em que jogadores recebem salários elevados e comissões milionárias são pagas mensalmente a empresários. “Não adianta você pagar 2 milhões de reais no cara e dar 200 mil de comissão para o empresário dele todo mês”, declarou. Ele reforçou que, apesar de o dinheiro ajudar a resolver muitos problemas no futebol, ele não deve ser considerado o fator mais importante para alcançar o sucesso em campo.

Ao traçar paralelos, o jornalista ainda citou franquias e clubes de outros contextos esportivos, como Phoenix Suns (NBA) e Paris Saint-Germain (França), que investem grandes quantias, mas nem sempre apresentam resultados convincentes. Conforme sua visão, há casos em que o poder financeiro acaba mascarando falhas estruturais e administrativas.
A fala mais destacada da live foi a valorização do modelo adotado pelo Fortaleza, elogiado por sua eficiência na gestão dos recursos disponíveis. “O Fortaleza faz muito mais com o preço de um Thiago Almada”, afirmou Leifert, referindo-se ao meia argentino que brilhou pelo Botafogo em 2024 e atualmente está emprestado ao Lyon. O jogador foi campeão brasileiro e da Libertadores naquela temporada, enquanto o clube cearense chegou ao 4º lugar no Campeonato Brasileiro, mesmo com orçamento reduzido.
Aliás, Leifert usou os últimos desempenhos do Fortaleza para reforçar seu argumento. O clube havia terminado em 10º lugar em 2023 e, no ano seguinte, protagonizou uma campanha expressiva. Assim também, o jornalista sugere que a organização e a inteligência na montagem do elenco podem ter impacto superior ao investimento puro.
Em resumo, a declaração de Tiago Leifert expôs uma visão crítica, mas igualmente reflexiva sobre os rumos do futebol nacional. Ele indicou que, embora o investimento financeiro seja relevante, a chave para o sucesso passa, antes de tudo, por planejamento, boas escolhas e gestão coerente dos recursos disponíveis.