Durante o aquecimento da equipe do Corinthians, na Arena Barueri, no sábado (12), torcedores do Palmeiras entoaram um canto homofóbico direcionado ao atacante Romero. O ato ocorreu instantes antes do início do clássico válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar do episódio, a partida transcorreu normalmente e terminou com vitória do Palmeiras por 2 a 0.
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Enquanto os jogadores corintianos se aqueciam no gramado, o grito ofensivo foi registrado, sendo direcionado explicitamente ao paraguaio Ángel Romero. O atacante começou no banco de reservas e entrou em campo apenas no segundo tempo, substituindo Matheus Bidu no intervalo.
O Palmeiras, por meio de nota oficial, repudiou o comportamento e reforçou seu posicionamento contra todo tipo de discriminação. “O clube promove constantes campanhas de conscientização sobre o tema e toma todas as providências que lhe cabem, de modo a coibir práticas inaceitáveis como homofobia, racismo e xenofobia”, afirmou a agremiação.
Aliás, a nota relembrou um episódio recente envolvendo outro torcedor do clube, punido por gestos racistas. O Palmeiras afirmou que agiu prontamente na ocasião, identificando o responsável, bloqueando sua participação no programa Avanti e proibindo sua compra de ingressos para jogos como mandante.
Anteriormente, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já havia aplicado punições semelhantes. Em 2023, o Corinthians foi sancionado com a realização de um jogo com portões fechados, justamente por cantos homofóbicos entoados em um clássico contra o São Paulo.
Portanto, o episódio mais recente reacende o debate sobre o combate à homofobia nos estádios. Embora o Palmeiras tenha se posicionado, a expectativa agora recai sobre eventuais medidas por parte das autoridades esportivas competentes, a fim de que novas punições sejam analisadas. Afinal, práticas discriminatórias seguem sendo um desafio recorrente no futebol brasileiro.