A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, no último sábado (12 de abril), as imagens da revisão do VAR no gol da vitória do Bragantino sobre o Botafogo por 1 a 0, em jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O conteúdo, no entanto, gerou mais questionamentos do que esclarecimentos entre torcedores e analistas.
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Na jogada, Jhon Jhon recebeu a bola e fez o passe que resultou no gol de Eduardo Sasha. O lance foi imediatamente analisado pelo árbitro de vídeo Daniel Nobre Bins, que atua como VAR-Fifa. Durante a revisão, a tecnologia foi utilizada para verificar a posição do jogador do Bragantino em relação à linha defensiva do Botafogo.
O ponto que causou maior controvérsia foi a sobreposição das linhas de impedimento. Conforme mostrado nas imagens divulgadas pela CBF, a linha vermelha — que representa o atacante — foi posicionada no ombro de Jhon Jhon. Já a linha azul, que marca o defensor, foi fixada sobre o pé esquerdo de Alex Telles, atleta do Botafogo.
Aliás, o detalhe mais discutido foi justamente o último ajuste na linha vermelha, que aparece ligeiramente à frente da azul. Isso, tecnicamente, configuraria impedimento. Entretanto, em poucos segundos, o árbitro de vídeo decidiu pela legalidade do gol e informou a decisão à equipe em campo.
“– Vai ser o ombro direito dele, tá? Esquerda, esquerda, mais um à esquerda ainda. OK, pode confirmar. Checado, OK, gol legal”, afirmou Daniel Nobre Bins, conforme áudio exibido no vídeo de revisão publicado pela CBF.
A pressa na conclusão do lance e o desaparecimento repentino da linha vermelha na tela, exibida logo antes da mensagem “não impedimento”, alimentaram as críticas quanto à clareza e à consistência do procedimento. Dessa maneira, a revisão trouxe à tona novas discussões sobre a transparência no uso da tecnologia do VAR no futebol brasileiro.