A valorização do tradicional “camisa 10” no futebol ganhou novo fôlego com a visão de Filipe Luís, atual treinador do Flamengo. Em recente entrevista concedida à Conmebol, ele afirmou que sua estrutura de jogo é construída a partir da presença de um meia criativo. “Faço todo meu modelo de jogo em função do ‘10’. Os jogadores gostam de seguir um plano, de ter uma direção”, declarou o técnico.
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A fala do comandante rubro-negro motivou uma análise do comentarista Alexandre Lozetti, que apontou como esse estilo pode beneficiar diretamente o meia Arrascaeta. Segundo ele, a presença de um jogador com características organizadoras, como o uruguaio, pode ser determinante para o desempenho coletivo da equipe. “Se o 10 dele é o Arrascaeta, quanto melhor ele estiver fisicamente, maior será o crescimento do Flamengo”, destacou Lozetti.
Ainda de acordo com o comentarista, há múltiplas interpretações sobre o que representa ser um camisa 10 no futebol atual. Embora muitos associem essa posição a jogadores como Ganso, mais cadenciados e técnicos, ele acredita que há diversas formas de exercer essa função. Assim, o modelo proposto por Filipe Luís não se limita a um estereótipo, mas sim a uma função adaptável e moderna.
Filipe Luís também comentou sobre a escassez de jogadores com esse perfil nos dias de hoje. Conforme explicou, o futebol atual exige mais intensidade física e decisões rápidas, o que dificultou a permanência do meia cerebral no centro das atenções táticas. “O futebol, hoje, se tornou mais veloz e físico”, avaliou o treinador.
O momento físico de Arrascaeta, portanto, pode ser decisivo para o sucesso do esquema proposto. A regularidade do camisa 10 é vista como peça-chave para a fluidez ofensiva do Flamengo sob a nova direção técnica.
O próximo desafio do time será na quarta-feira (16), às 21h30 (horário de Brasília), diante do Juventude, pelo Campeonato Brasileiro, no Maracanã.