O atacante Ángel Di María, atualmente com 37 anos e atuando pelo Benfica, tornou-se personagem de uma apuração conduzida pelo Ministério Público de Milão. A investigação gira em torno de um esquema de apostas ilegais que teria funcionado entre 2021 e 2023, período que coincide com sua passagem pela Juventus.
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Conforme as autoridades italianas, Di María estaria entre os nomes ligados ao uso de plataformas de apostas não autorizadas, principalmente em jogos de pôquer online. A rede clandestina, segundo as apurações, utilizava métodos sofisticados para esconder transações financeiras, incluindo a simulação de compras de relógios de luxo na cidade de Milão.

“Antes das versões dos jornais, quero dizer que jamais fiz qualquer tipo de apostas ilegais”, declarou o jogador em seu perfil no Instagram. A fala foi a primeira manifestação pública de Di María sobre o assunto, que ganhou repercussão após o vazamento de mensagens obtidas em celulares de outros atletas.
A descoberta do esquema ocorreu a partir da análise de conversas de Sandro Tonali, ex-Milan e atualmente no Newcastle, e Nicolò Fagioli, da Fiorentina. Ambos já foram punidos pela Justiça Desportiva e agora também respondem na esfera criminal. Eles teriam sido orientados a usar transferências bancárias para simular compras fictícias, método utilizado para pagar dívidas geradas por apostas.
As investigações também implicam a empresa Elysium Group, dona da joalheria envolvida no esquema. A Justiça determinou o bloqueio de cerca de R$9 milhões em bens da empresa e solicitou prisão domiciliar para cinco indivíduos apontados como operadores da rede.
Enquanto isso, Di María segue em atividade pelo clube português e já confirmou sua despedida da Seleção Argentina após a próxima edição da Copa América, marcada para 2024. Seu nome, até o momento, aparece na investigação, mas sem confirmação de envolvimento direto em atividades criminosas.