A declaração de PVC sobre a vitória do Palmeiras no clássico contra o Corinthians

Allianz Parque, estádio do Palmeiras (Foto: Reprodução/Palmeiras)

O Palmeiras reencontrou sua melhor versão no Brasileirão nesse sábado (12) ao vencer o Corinthians por 2 a 0 na Arena Barueri, pela terceira rodada. A análise do jornalista Paulo Vinicius Coelho (PVC) destacou precocemente a contundência da atuação alviverde. Para ele, a forma como o time resolveu o clássico logo nos primeiros minutos foi determinante para consolidar a superioridade da equipe de Abel Ferreira e, igualmente, para dissipar as más lembranças de confrontos anteriores contra o rival.

Conforme pontuou PVC, a construção do placar começou cedo e de forma intensa. “O início avassalador do Palmeiras, com marcação por pressão, trocas de passes rápidas e finalizações precisas deu paz para encerrar a sequência de quatro clássicos sem ganhar do Corinthians”, observou o colunista. Aliás, o Verdão balançou as redes duas vezes em cinco minutos: primeiro com Piquerez, aos 13′, e depois com Emiliano Martínez, aos 18′ — ambos em finalizações de fora da área.

Ainda segundo o jornalista, a partir da vantagem precoce, o time passou a administrar o jogo com inteligência, adaptando-se às tentativas do Corinthians de reorganizar o meio-campo. “Nada dava certo, e o Corinthians terminou a primeira etapa com apenas dois chutes, nenhum na meta de Weverton”, analisou. PVC também lembrou que, pela primeira vez em muito tempo, a torcida palmeirense cantou o nome dos jogadores antes do apito inicial, demonstrando um ambiente mais pacificado após uma série de atuações irregulares.

Domínio físico e organização defensiva

Embora o placar de 2 a 0 possa sugerir um confronto equilibrado, a realidade dentro de campo foi outra. O Verdão teve controle territorial e tático, aplicando forte pressão desde os primeiros minutos e neutralizando as principais peças corintianas.

O sistema com três zagueiros — Bruno Fuchs, Gustavo Gómez e Micael — deu segurança na saída de bola e permitiu que os alas Felipe Anderson e Piquerez apoiassem com liberdade. Emiliano Martínez atuou como primeiro volante e foi peça-chave na proteção à zaga e na construção ofensiva, além de marcar um dos gols da partida.

O setor ofensivo foi articulado com Richard Ríos e Estêvão pela direita, enquanto Facundo Torres atuou pela esquerda, apoiando Vitor Roque. Assim que o Corinthians tentou se tornar mais agressivo na segunda etapa, o técnico Abel Ferreira utilizou o banco de reservas para preservar os pendurados, promovendo a entrada de Giay, que teve boa atuação anulando Memphis Depay.

Dados da partida e movimentações ofensivas

O Palmeiras finalizou 13 vezes, com 7 arremates no alvo. Apesar de ter apenas 37% de posse de bola, a equipe soube condicionar o jogo após abrir o placar, optando por esperar e explorar os espaços deixados pelo adversário. Do outro lado, o Corinthians só acertou o gol uma vez — já nos acréscimos —, evidenciando a solidez defensiva alviverde.

No ataque, a atuação de Paulinho foi um dos pontos altos da reta final do jogo. Ele estreou aos 31 minutos do segundo tempo e, mesmo com pouco tempo em campo, criou três boas chances em parceria com Flaco López. “Paulinho acabou de chegar, mas já entendeu o Palmeiras”, comentou Alicia Klein, em citação complementar presente na análise de PVC.

Encerramento e clima nas arquibancadas

A atuação sólida foi suficiente para transformar vaias recentes em aplausos entusiasmados. A torcida, aos 40 minutos do segundo tempo, entoava gritos de “olé”, numa clara demonstração de satisfação com o desempenho do time. Segundo PVC, o resultado teve efeito simbólico ao romper uma sequência incômoda contra o arquirrival e consolidar o ambiente de paz entre torcida e elenco.

Portanto, o clássico em Barueri representou mais que três pontos. Foi, primordialmente, uma exibição de força coletiva, estratégia bem executada e reaproximação com os torcedores. Um jogo que, como definiu o próprio PVC, “afastou as lembranças de Barueri e reaproximou o Palmeiras da sua identidade competitiva”.