A audiência da Corte Arbitral do Esporte (CAS) envolvendo o atacante Gabigol foi encerrada na sexta-feira (04), no Rio de Janeiro, e agora o jogador aguarda a decisão sobre o processo em que é acusado de tentativa de fraude em exame antidoping. Atualmente no Cruzeiro, o atleta segue atuando normalmente devido a um efeito suspensivo concedido anteriormente.
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Gabigol foi inicialmente punido com dois anos de suspensão pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD/AD), com início da pena datado de 8 de abril de 2023, quando ainda defendia o Flamengo. A sanção decorre de uma série de comportamentos supostamente inadequados durante a coleta de urina para o exame antidoping. Conforme relatado pelas autoridades, o atacante teria tentado esconder a genitália no momento da coleta e, além disso, teria agido com rispidez com os oficiais responsáveis pelo procedimento.
O jogador, por sua vez, nega qualquer tentativa de manipulação e mantém sua alegação de inocência. A defesa argumenta que houve demora processual que não foi causada por Gabigol, razão pela qual a data da pena foi retroativa. A condução do caso pelo governo brasileiro também foi alvo de críticas da equipe jurídica do atleta, especialmente após a necessidade de reinício do painel do CAS.
Detalhes da audiência no CAS
A audiência, que contou com a presença dos árbitros da CAS no Brasil, dispensou o deslocamento até a sede da entidade na Suíça. O processo teve como partes envolvidas, além do atleta, a União e a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Segundo a nota oficial da ABCD, a sessão foi realizada nos dias 3 e 4 de abril e teve caráter confidencial.
A nota também informa que, durante os dois dias de audiência, foram produzidas provas pelas partes, além das sustentações finais e réplicas. O CAS explicou que a decisão final não é emitida no ato da audiência, sendo que o prazo para o veredito pode se estender de dois a três meses após o início da fase de deliberação do painel.
Situação atual do atleta e repercussões
Gabigol, contratado pelo Cruzeiro em 1º de janeiro, segue à disposição da comissão técnica enquanto o caso aguarda resolução. A indefinição jurídica não impediu o clube mineiro de manter o atleta no elenco principal. Afinal, o efeito suspensivo segue válido até a decisão final do CAS. Conforme apontado pela defesa, o andamento do processo foi prejudicado por fatores externos à conduta do jogador, o que reforça, segundo os advogados, a necessidade de uma revisão cuidadosa da sentença inicial.
Em suma, enquanto a sentença definitiva não é proferida, Gabigol permanece em campo e à espera de um desfecho que poderá impactar diretamente sua continuidade na temporada.
