A surpreendente ausência de Gabigol na partida entre São Paulo e Cruzeiro, nesse domingo (13), no Morumbis, marcou um episódio inédito na trajetória do atacante com a camisa do clube mineiro. Mesmo relacionado, o artilheiro da equipe na temporada permaneceu no banco de reservas durante os 90 minutos, fato que gerou questionamentos e levou o técnico Leonardo Jardim a se pronunciar publicamente após o empate em 1 a 1 pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
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Gabigol soma sete gols em 2025, sendo cinco no Campeonato Mineiro, um na CONMEBOL Sul-Americana e outro no próprio Brasileirão. Até então, o jogador só havia ficado de fora de compromissos nos quais não foi relacionado, como ocorreu diante de Tombense, Athletic e Democrata-GV.
Desta vez, contudo, sua exclusão da escalação partiu de uma decisão técnica. “Sinceramente, eu vou dizer uma coisa que pode até surpreender. Eu sou um grande fã do Gabriel. Ele é um finalizador nato, um jogador que eu gosto, principalmente desde a época em que atuava no Flamengo”, afirmou Leonardo Jardim.
A decisão de mantê-lo entre os suplentes, conforme explicou o treinador, se deu por uma questão tática. “Em jogos com mais transição e ataque à primeira bola, as características dele não ajudam muito. Ele se encaixa melhor em outra proposta, com dois atacantes. É um segundo atacante de grande qualidade. Hoje, a estratégia foi outra, e esse foi o motivo de ele ter ficado fora”, completou o português, justificando seu plano de jogo e a utilização de outras peças.
Aliás, Gabigol foi apenas uma das sete mudanças promovidas por Jardim para enfrentar o São Paulo. Dudu, que também começou entre os reservas, acabou sendo a primeira substituição do time no decorrer da partida. Já Gabigol permaneceu sentado no banco durante toda a noite.
Em campo, o Cruzeiro viu Ferreira abrir o placar para os donos da casa, mas conseguiu reagir com um gol de Kaio Jorge, que aproveitou a chance como titular e balançou as redes aos 19 minutos do segundo tempo. O empate deu continuidade à invencibilidade celeste na competição e serviu como termômetro para a análise do comandante.
“O mais importante é que a equipe fez um jogo competitivo e teve uma boa atitude. Terminamos pressionando o adversário, que só saía em contra-ataque”, declarou Jardim. “Todos os jogadores desse grupo são importantes. É fundamental que, quando entrarem, demonstrem o que os que atuaram hoje mostraram.”
Essa foi a primeira vez que Gabigol foi preterido mesmo estando à disposição, o que levanta dúvidas sobre sua utilização nos próximos compromissos da Raposa. O time agora se prepara para enfrentar o Bahia, na quarta-feira (17), às 21h30, no Mineirão. Em seguida, encara o Red Bull Bragantino no sábado (20), às 20h30, fora de casa. Posteriormente, viaja ao Chile para medir forças com o Palestino, pela terceira rodada da fase de grupos da Sul-Americana, na quarta-feira (24), às 21h30 (de Brasília).
