O duelo entre Fluminense e Santos, disputado no domingo (13) no Maracanã, transcendeu o mero resultado de 1 a 0 a favor dos tricolores. O embate já trazia consigo o peso simbólico do reencontro entre Neymar e ex-companheiros de seleção, mas acabou ficando marcado, sobretudo, pela atuação destacada do lateral-direito Samuel Xavier, que dominou o confronto direto com o camisa 10 santista.
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A jornalista Milly Lacombe, colunista do UOL Esporte, não poupou elogios à postura do atleta tricolor diante de Neymar, revelando uma superioridade além da técnica. “Samuel Xavier é lateral direito. Era, portanto, para cima dele que o camisa 10 santista cairia com mais ímpeto”, escreveu a comunicadora ao narrar o momento em que o astro entrou em campo no segundo tempo.
A colunista descreveu os lances com ênfase nas trocas intensas entre os dois jogadores, destacando o momento em que Neymar deixou o braço no rosto de Xavier e, em seguida, protagonizou um episódio tenso ao colocar o dedo na cara do adversário, resultando em cartão amarelo. Para Milly, Samuel se destacou não apenas por frear o ídolo santista com eficiência, mas por fazê-lo sem temor.
“Samuel Xavier, assim como quase todos os jogadores, deve ser fã de Neymar. Ainda assim, o marcou sem cerimônias ou reverências, como tem que ser”, pontuou.
A atuação do lateral culminou no gol da vitória, anotado aos 51 minutos da etapa final, quando o jogo já parecia caminhar para o empate. Após apoiar o ataque e aproveitar uma sobra no bico da grande área, Xavier finalizou com firmeza, e a bola desviou em Escobar antes de entrar.
O lance, além de decisivo, simbolizou o fechamento de uma atuação marcada pelo equilíbrio defensivo e pela entrega ofensiva do camisa 2 tricolor. “Há dias em que o jogador dedicado e esforçado engole o craque”, sintetizou Milly, em referência ao duelo particular vencido por Xavier.
A evolução coletiva do Fluminense
Contudo, o brilho individual do lateral também refletiu uma transformação maior no Fluminense desde a chegada de Renato Gaúcho. Conforme análise publicada no ge, o time chegou à terceira vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro, apresentando uma notável mudança de postura. Mais do que esquemas táticos, o que se viu foi uma equipe confiante, aguerrida e organizada.
Renato repetiu a formação que utilizou na estreia contra o Bragantino, apostando no entrosamento herdado do período de Mano Menezes. O desempenho, embora ainda não perfeito, foi suficiente para controlar o Santos ao longo de quase toda a partida. A marcação alta, a posse de bola e o domínio territorial foram elementos presentes no jogo tricolor.
Primordialmente, o trio de meio-campo formado por Martinelli, Hércules e Lima foi responsável por estabelecer esse controle, ao participar com intensidade tanto da construção ofensiva quanto da recomposição defensiva. O Fluminense, porém, teve dificuldades em transformar esse domínio em chances claras de gol. Cano, pouco acionado, teve apenas uma boa oportunidade de cabeça, em cruzamento de Arias, que foi desperdiçada.
Aliás, o Santos tentou reagir ao inserir Soteldo e Neymar na segunda etapa, mas encontrou pela frente um sistema defensivo preparado. A cada toque de Neymar na bola, havia um tricolor colado para dificultar. O auxílio do volante Bernal na marcação foi decisivo para neutralizar a tentativa santista de inverter o ritmo da partida.
Gol nos acréscimos e alívio tricolor
Ainda que o jogo mantivesse um ritmo morno ofensivamente, o Fluminense foi persistente. Após a saída de Martinelli, cansado, Renato adiantou os laterais e, então, nasceu o gol da vitória. A jogada começou com Keno na esquerda, passou por Arias e terminou com o chute certeiro de Samuel Xavier. Com o desvio fatal em Escobar, a bola morreu no fundo das redes.
