A análise contundente do jornalista Juca Kfouri sobre a sequência de jogos do Sport no início do Campeonato Brasileiro acendeu o debate sobre a atuação da arbitragem e os impactos diretos nos resultados do clube pernambucano. Segundo ele, o Leão da Ilha tem sido vítima de um padrão recorrente de erros, fato que ultrapassa o limite do acaso.
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“Terceira rodada do Brasileirão, terceiro erro grave contra o Sport”, destacou Juca, em sua coluna. “O time nordestino parece ter sido escolhido para só ficar com o prejuízo”.
A crítica se refere, principalmente, à sequência de decisões polêmicas que culminaram em derrotas do Sport nas três primeiras rodadas da competição. Contra o São Paulo, o time sofreu um pênalti mal assinalado, que não resultou em gol. Já diante do Palmeiras, uma penalidade “pornográfica”, como classificou Kfouri, teria sido decisivo na derrota na Ilha do Retiro. O episódio mais recente, porém, foi o que mais gerou revolta.
Na partida contra o Vasco, no sábado (12), em São Januário, o Rubro-Negro foi, nas palavras do colunista, melhor em campo até sofrer o primeiro gol em jogada de Vegetti. Apesar disso, foi no segundo gol do argentino que o jornalista concentrou sua crítica:
“Desta vez com falta clara, mão no rosto e empurrão do goleador no zagueiro pernambucano: 2 a 0. Não há quem aguente”, escreveu Juca. “E o VAR chamou, mas o assoprador de apito teimou em insistir no erro”.
Ainda segundo Kfouri, o segundo tempo apresentou uma reação do Sport, que chegou a diminuir com um gol contra de Hugo Moura. Para ele, esse gol deveria ter representado um empate de 1 a 1, não uma tentativa de recuperação de um 2 a 0 injusto. A diferença de contexto, nesse sentido, mudaria toda a dinâmica do jogo. Por fim, o Sport sofreu o terceiro gol, marcado por Rayan, após passe de Payet.
Juca encerra com uma afirmação que ressoa entre os torcedores rubro-negros: “O Sport tem razão para reclamar pela terceira vez. E não é chororô”.
Sport apresenta ideias em campo
Apesar da série de polêmicas apontadas por Kfouri, há outro componente que precisa ser discutido: o próprio desempenho do time dentro das quatro linhas. Conforme análise publicada neste domingo (13), o Sport novamente apresentou uma postura competitiva, especialmente nos primeiros minutos da partida contra o Vasco. Entretanto, falhou em transformar organização em efetividade.
Durante os 20 minutos iniciais, o Leão foi superior ao adversário, mesmo atuando fora de casa. Contudo, essa superioridade não se traduziu em gols. Conforme o relato da partida, a equipe pecou na finalização e na construção de jogadas decisivas. A ausência de atacantes com maior poder de definição foi destacada como um dos principais obstáculos.
“Estamos jogando bem, mas tem que ter o resultado. Não adianta jogar e não somar três pontos”, afirmou Barletta após o jogo.
A análise também destacou que o Sport parece entender a lógica da Série A, mas ainda não encontrou formas de se impor durante toda a partida. No segundo tempo, o time esboçou reação com uma bola na trave e, posteriormente, o gol contra que o colocou de volta na partida. Contudo, perdeu intensidade física e tática, sendo vulnerável nos minutos finais.
Além disso, a arbitragem voltou a ser pauta. O segundo gol do Vasco, validado mesmo com revisão do VAR, envolveu toque no rosto de Lucas Cunha por Vegetti. Ainda que o lance tenha sido revisto, a decisão final do árbitro foi pela manutenção do gol, provocando críticas tanto internas quanto externas ao clube.
O técnico Pepa, mesmo evitando se aprofundar no tema da arbitragem, afirmou após a partida: “Não sou chorão. A falta de vitórias nas primeiras rodadas não preocupa diante do desempenho que temos apresentado”.
Todavia, a classificação atual mostra uma realidade incômoda. O Sport pode terminar a terceira rodada na lanterna da Série A. Portanto, a pressão por resultados é inegável, sobretudo quando o desempenho tem sido, ao menos em parte dos jogos, compatível com um futebol mais competitivo.