A Premier League passou a utilizar, a partir do sábado (12), uma nova tecnologia de impedimento semiautomático, que já demonstrou sua eficiência logo em sua estreia. A inovação foi aplicada durante a 32ª rodada do Campeonato Inglês, no duelo entre Crystal Palace e Manchester City, quando um gol marcado por Eberechi Eze foi anulado poucos segundos após sua validação inicial.
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O episódio ocorreu aos 27 minutos do primeiro tempo, quando o Crystal Palace vencia por 2 a 0. No entanto, a jogada foi rapidamente revista pela nova tecnologia, que identificou a posição irregular do atacante. Assim, o gol foi invalidado quase de forma instantânea. Posteriormente, o time comandado por Pep Guardiola reverteu o placar e venceu por 5 a 2.
Aliás, a ferramenta agora adotada na liga inglesa já é utilizada em outras competições internacionais, como a Champions League e a Copa do Mundo. Contudo, a Premier League optou por introduzi-la apenas nas rodadas finais da temporada atual, o que gerou críticas entre os torcedores nas redes sociais. “Precisou de dois anos para conseguirem arrumar isso”, reclamou um internauta. Outro escreveu: “Resolveu em segundos, mas demoraram até abril para usar”.
Como funciona a nova tecnologia
Conforme explicado pela própria organização da Premier League, a tecnologia é classificada como semiautomática porque, embora funcione de forma quase imediata, ainda exige a confirmação por parte do árbitro de vídeo (VAR). Esse profissional é responsável por validar se o ponto exato do passe foi selecionado corretamente, além de verificar se os jogadores e partes do corpo rastreados estão corretos.
A tecnologia emprega 30 câmeras de alta performance, posicionadas estrategicamente nos estádios, capazes de capturar imagens a 100 quadros por segundo — o dobro da taxa de câmeras comuns de transmissão. Além disso, o sistema rastreia até 10 mil pontos de dados por atleta, permitindo um monitoramento preciso das movimentações e da posição da bola.
Com isso, sempre que há uma jogada potencialmente irregular, um alerta é enviado automaticamente ao VAR e ao operador da tecnologia. A renderização em 3D da jogada é então exibida nos telões dos estádios e na transmissão ao vivo, possibilitando maior transparência para os torcedores presentes e os que acompanham pela TV.
Reações e perspectivas
O principal objetivo da tecnologia, segundo a liga, é reduzir a dependência de análises manuais para traçar as linhas de impedimento — processo que tradicionalmente gera longas pausas no jogo. Embora o sistema já ofereça respostas quase instantâneas, o VAR ainda pode optar por utilizar o método convencional de traçar linhas, especialmente em lances considerados subjetivos, como quando há múltiplos jogadores bloqueando a visão da câmera.
Enquanto isso, nas redes sociais, torcedores elogiaram a rapidez da decisão, mas também cobraram maior agilidade na adoção da novidade. “Finalmente um gráfico com a decisão, mas nem mostra que escolheram o momento certo do passe. É inútil”, criticou um terceiro internauta.
Em síntese, a estreia da tecnologia de impedimento semiautomático marca um passo relevante da Premier League rumo à modernização e à precisão nas decisões. A expectativa é de que, mesmo diante de críticas pontuais, o novo sistema se consolide nas próximas rodadas como um recurso valioso na arbitragem.
