Savarino causa “dor de cabeça” para Renato Paiva no Botafogo

Renato Paiva pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
Renato Paiva pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Você já parou para pensar por que o Botafogo tem sofrido tanto para marcar gols mesmo com um elenco recheado de opções ofensivas? Pois é justamente esse o dilema que ronda os primeiros jogos de Renato Paiva no comando alvinegro. A grande questão é: onde colocar Savarino, o jogador mais criativo da equipe? No meio ou na ponta?

Produção ofensiva preocupa e altera prioridades

Após a derrota por 1 a 0 para o RB Bragantino, o treinador português não escondeu a frustração com o setor ofensivo. “Não me interessa uma posse de bola em que não termine as jogadas”, disse Paiva, que viu sua equipe marcar apenas quatro gols em cinco partidas — média inferior a um por jogo.

Além disso, a dificuldade em transformar a posse de bola em chances reais tem afetado o desempenho geral. Por isso, o treinador tem batido na tecla da efetividade, especialmente porque o Botafogo sonha em disputar títulos nesta temporada. Sendo assim, gerar e finalizar jogadas se tornou prioridade máxima no curto prazo.

Savarino centralizado ou aberto? Eis a questão

Savarino em ação pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Dessa maneira, o posicionamento de Savarino virou ponto central na análise. Quando atuou como “camisa 10”, no tradicional 4-2-3-1, o venezuelano participou diretamente de três dos quatro gols do time. Em contrapartida, quando deslocado para a ponta esquerda para dar espaço a Patrick de Paula no meio, o Botafogo marcou apenas uma vez.

Vale destacar que, em 2024, Savarino brilhou jogando centralizado: foram 14 gols e 12 assistências em 55 partidas. Isso porque, nessa função, ele consegue articular melhor as jogadas e aparecer mais para finalizar.

Escolhas táticas e soluções no horizonte

A insistência em usar Patrick de Paula mais avançado se explica: o volante tem sido elogiado internamente e vem treinando bem. Além disso, Santiago Rodríguez ainda busca o ritmo ideal. Por isso, Paiva optou por ajustar Savarino — uma decisão que, até aqui, cobra seu preço.

Cabe ressaltar que o sucesso ofensivo do Botafogo passa diretamente pelas decisões sobre Savarino. Com isso, a pressão sobre o técnico cresce a cada jogo sem gols — e o relógio já começou a correr.