O Bahia não conseguiu superar o Mirassol na Arena Fonte Nova e apenas empatou em 1 a 1 na tarde de domingo (13), pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado mantém o Tricolor sem vitórias na competição e acendeu o sinal de alerta no clube. Após o apito final, o técnico Rogério Ceni fez duras críticas à postura da equipe, especialmente nos minutos iniciais da partida.
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Logo nos primeiros momentos do jogo, o Bahia demonstrou dificuldades, principalmente na saída de bola. Segundo Ceni, o adversário pressionou com eficiência, comprometendo a construção de jogadas: “Nos primeiros 15 minutos não conseguimos jogar”, afirmou. Ainda de acordo com o técnico, a equipe sofreu com chutões e desarmes sucessivos, o que impediu a organização ofensiva desejada. “Precisamos ser práticos e objetivos”, completou.
A equipe visitante abriu o placar com Gabriel, e Erick Pulga empatou ainda na etapa inicial. Na sequência, o Tricolor chegou a virar o jogo com um gol de David Duarte, mas o lance foi anulado por impedimento.
Avaliação do desempenho e críticas contundentes
Ceni foi direto ao comentar sobre o desempenho do elenco. “Os primeiros 20, 30 minutos são os piores que jogamos esse ano”, declarou. O treinador ainda fez um paralelo com a atuação anterior contra o Nacional (URU), pela Libertadores, classificando a postura diante do Mirassol como apática. “A gente não pode buscar um resultado expressivo no Uruguai e se acomodar no jogo seguinte”, desabafou.
Aliás, o técnico também citou um lance específico para exemplificar a falta de foco da equipe: uma tentativa de caneta feita por Luciano Juba nos minutos iniciais. Para Ceni, atitudes como essa refletem a ausência de seriedade. “Dar caneta, isso não é…”, criticou, indicando que faltou concentração e comprometimento com o estilo de jogo proposto.
@geglobo Rogério Ceni lamentou a postura do time do Bahia no início do jogo contra o Mirassol, que acabou 1 a 1: "A gente não pode ir pro Uruguai, conseguir um resultado expressivo, que fica pra história, e se acomodar no jogo seguinte" #futebol #bahia #mirassol #brasileirao #tiktokesportes ♬ som original – geglobo
Lesão problemas no setor defensivo
Outro ponto que preocupa o treinador é a situação de Kanu, que se lesionou aos 10 minutos de partida e deixou o gramado de maca. Ceni revelou que o zagueiro pode ter sofrido uma lesão muscular na panturrilha e, com isso, aumenta a lista de desfalques no setor defensivo, que já conta com Gabriel Xavier. “Vamos ter que encontrar soluções, seja improvisação ou garoto das categorias de base”, comentou, citando os nomes de Fredi e Kauã como possíveis alternativas.
Cansaço, desgaste e sequência de jogos
Ceni também abordou o desgaste físico do elenco, que já soma 24 jogos desde janeiro. “Entrar no avião, vai jogar, descansa um dia… Puxado”, desabafou. Para o técnico, o alto número de partidas tem influenciado diretamente no rendimento, especialmente na reta final dos confrontos. “O atleta precisa de energia para chegar ao final do jogo com condições de tomar boas decisões”, destacou.
Estatísticas e expectativa para o próximo desafio
Apesar do empate, o Bahia apresentou superioridade nos números. A equipe finalizou três vezes mais que o Mirassol e teve uma expectativa de gols três vezes maior. Ainda assim, Ceni reconheceu a qualidade do adversário. “O Mirassol é uma equipe boa, organizada, sabe o que fazer com a bola”, analisou. Contudo, reforçou que a má postura inicial foi determinante para o resultado.
O próximo compromisso do Tricolor está marcado para quinta-feira (17), às 21h30, contra o Cruzeiro, no Mineirão. A partida será válida pela quarta rodada do Brasileirão e pode ser crucial para mudar o cenário da equipe na competição.