A escolha de atletas para defender a seleção brasileira voltou a ser pauta de críticas, desta vez levantadas por Neto, ex-jogador e atual comentarista esportivo. Durante participação no programa Galvão e Amigos, exibido na TV Bandeirantes, ele questionou a presença de jogadores como Matheus Cunha e João Pedro nas recentes convocações. Ambos atuam na Premier League, mas, segundo o comentarista, não justificam a preferência em relação a nomes de destaque no futebol brasileiro.
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“Se o João Pedro e o Matheus Cunha forem na USP ou no Shopping Morumbi, ninguém sabe quem é”, afirmou Neto, em crítica direta à baixa identificação dos dois com o público brasileiro. A fala ocorreu em meio a um debate sobre a recorrente convocação de atletas que atuam na Europa, mesmo quando não possuem grande notoriedade ou rendimento expressivo em seus clubes.

Aliás, Neto foi além ao mencionar jogadores que, para ele, mereciam mais reconhecimento da comissão técnica da seleção. Hulk, Gabigol, Bruno Henrique e Pedro foram citados como atletas que têm apresentado alto desempenho no futebol nacional, mas que são preteridos em convocações recentes. “O Bruno Henrique tem 100 gols no Flamengo e nunca teve uma chance”, disse, em tom de indignação.
Conforme salientado por Neto, a preferência por nomes que atuam no exterior tem sido constante, independentemente do nível de destaque ou da ligação com os torcedores. O comentarista classificou a prática como incoerente, destacando que muitos desses jogadores sequer são conhecidos pelo grande público.
O ex-jogador também mencionou a falta de oportunidades para nomes como Gerson, que, apesar de atuações consistentes, não têm sido titulares com regularidade desde 2019. Para ele, as escolhas da comissão técnica não apenas carecem de critério técnico, como também ignoram o momento dos atletas no cenário nacional.
Em conclusão, as declarações de Neto reforçam um debate recorrente sobre os rumos da seleção brasileira. O peso atribuído ao futebol europeu nas convocações, segundo ele, tem ofuscado talentos que atuam no Brasil e que, aos olhos da torcida e da crítica, demonstram mais merecimento.