Flamengo e Fluminense são, atualmente, os clubes que mais gastam com despesas operacionais para atuar no Maracanã, segundo levantamento divulgado pelo portal InfoMoney. A informação ganha relevância diante do início do Campeonato Brasileiro, onde a dupla já enfrentou impactos financeiros consideráveis nos dois primeiros compromissos como mandante.
Notícias mais lidas:
Na estreia da competição, o Flamengo recebeu o Internacional no Maracanã. A partida gerou uma bilheteria de R$ 3.150.315,00. No entanto, as despesas somaram R$ 1.653.491,65, o que resultou em um lucro de apenas 47% do valor arrecadado. Mesmo com o maior faturamento da rodada, os custos operacionais chamaram atenção.
O Fluminense, por sua vez, enfrentou o Red Bull Bragantino também no Maracanã, pela segunda rodada. O Tricolor das Laranjeiras não teve a mesma sorte financeira do rival. Apesar da presença de quase 20 mil torcedores, a arrecadação com bilheteria foi de R$ 866.231,50, enquanto os custos da partida chegaram a R$ 1.093.955,18. Com isso, o clube amargou um prejuízo de R$ 227.723,68.
Essa realidade escancara as dificuldades enfrentadas pelos dois clubes que administram conjuntamente o estádio. Afinal, os altos custos de operação acabam afetando diretamente a rentabilidade das partidas, mesmo em cenários de boa presença de público. A administração compartilhada do Maracanã, que por vezes gera debates sobre manutenção e gestão, parece estar no centro dessas questões.
Paralelamente, o Flamengo mantém em seu planejamento o projeto de construção de um estádio próprio. Desde outubro de 2024, o clube firmou um acordo com a Caixa Econômica Federal e assumiu a posse do terreno do antigo Gasômetro, na região central do Rio de Janeiro. Na ocasião, a previsão divulgada pela diretoria anterior apontava a inauguração do estádio para 15 de novembro de 2029.
Após a posse do novo presidente, BAP, o projeto passou a ser reavaliado. “Estamos revisando todos os pontos financeiros e técnicos com responsabilidade”, afirmou o dirigente em declarações recentes. Apesar disso, a atual gestão adota uma postura de cautela e não trata o início das obras como prioridade imediata.
Portanto, enquanto o estádio próprio não sai do papel, a dupla Fla-Flu segue enfrentando despesas robustas para atuar no Maracanã. O cenário evidencia um desafio constante na gestão dos recursos, sobretudo em partidas que, apesar do apelo ao torcedor, nem sempre garantem retorno financeiro positivo.
