A FIFA confirmou recentemente a convocação do árbitro polonês Tomasz Kwiatkowski para a equipe de arbitragem do Mundial de Clubes. A nomeação ocorre logo após a repercussão do lance envolvendo o atacante Julián Álvarez, do Manchester City, em uma disputa de pênaltis contra o Atlético de Madrid. O árbitro do VAR anulou a cobrança convertida pelo argentino ao identificar um toque duplo na finalização — decisão que gerou controvérsias, mas foi sustentada posteriormente pelas entidades de arbitragem.
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Kwiatkowski atuou como árbitro de vídeo ao lado de Szymon Marciniak, árbitro principal da partida. A dupla, que trabalha junta desde 2022, já havia sido afastada anteriormente de uma partida da Liga Europa entre Tottenham e Eintracht Frankfurt, mas não por motivos disciplinares, como chegou a ser especulado, e sim por causa de uma lesão.
Aliás, a decisão técnica sobre o lance de Julián Álvarez foi questionada por diversos setores, sobretudo após um vídeo editado, divulgado pela UEFA, circular como se fosse uma imagem original. Entretanto, um perito contratato pelo Atlético de Madrid apresentou relatório indicando que o material divulgado era manipulado. Conforme o documento, “é uma evidência clara: o vídeo da UEFA não é original, mas sim editado”.
Apesar disso, a FIFA avaliou positivamente a atuação da equipe de arbitragem na ocasião. Segundo apuração do jornal Marca, a entidade máxima do futebol não aplicou qualquer sanção aos envolvidos e, pelo contrário, confirmou a presença de Kwiatkowski e Marciniak no Mundial de Clubes.
“A melhor prova de que não houve pênalti é que ambos foram convocados para o Mundial de Clubes”, destacou a publicação.
A nomeação também reitera a confiança tanto da FIFA quanto da UEFA na dupla polonesa. Inclusive, há expectativa de que os dois sejam escalados para atuar em finais continentais em maio. A indicação para o torneio intercontinental comprova que, apesar das críticas públicas e da pressão externa, a avaliação técnica interna respaldou a interpretação adotada no lance com Julián Álvarez.
Enquanto isso, o Mundial de Clubes — cuja edição de 2025 será sediada nos Estados Unidos — continua movimentando os bastidores. O torneio promete ser o mais lucrativo da história, com premiação estimada em até 125 milhões de dólares para o campeão. Equipes como Real Madrid e Boca Juniors, inclusive, já esgotaram seus ingressos para a competição, que deve atrair atenção global e forte presença de torcedores nas arquibancadas.
Portanto, a participação de Tomasz Kwiatkowski no torneio reforça a sua reputação internacional, sobretudo em um momento em que a arbitragem tem estado no centro dos debates mais acalorados do futebol mundial.
Polêmica após o lance
A Uefa anunciou que vai se reunir com a Fifa e com o International Football Association Board (IFAB) para reavaliar uma norma que gerou forte repercussão na partida entre Real Madrid e Atlético de Madrid, válida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. O episódio em questão envolveu a cobrança de pênalti do atacante Julián Álvarez, invalidada após revisão do VAR por infração técnica.
O lance ocorreu em um momento decisivo do duelo, quando a cobrança de Álvarez poderia igualar o placar nas penalidades em 2 a 2. Entretanto, ao escorregar durante a execução, o jogador argentino tocou na bola com o pé de apoio antes de finalizá-la com o outro. Segundo a Regra 14.1 das Regras do Jogo, esse tipo de ação caracteriza um toque duplo, o que resultou na anulação do gol.
A Uefa reconheceu a validade da decisão da arbitragem, embora tenha indicado que a aplicação literal da norma poderá ser revista. “A Uefa entrará em discussões com a Fifa e a IFAB para determinar se a regra deve ser revista em casos em que o toque duplo é claramente não intencional”, afirmou a entidade europeia.
Conforme explicação divulgada pela organização, “embora mínimo, o jogador fez contato com a bola usando o pé de apoio antes de chutá-la. Sob a lei atual, o VAR teve que chamar o árbitro sinalizando que o gol deveria ser anulado”.
