Flamengo: Bruno Henrique é indiciado pela polícia

Bruno Henrique se emociona após marcar gol contra o Grêmio (Foto: Wagner Meier/Getty Images)

A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por envolvimento em um suposto esquema de manipulação de resultado, especificamente relacionado ao recebimento de cartões durante partidas do Campeonato Brasileiro de 2023. O caso veio à tona após análise de mensagens de WhatsApp encontradas no celular de seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, com quem Bruno mantinha conversas comprometedoras. As investigações indicam que o jogador teria recebido um cartão amarelo de forma intencional na partida contra o Santos.

De acordo com os investigadores, Bruno Henrique trocou mensagens com Wander nas quais informava que tomaria o terceiro cartão amarelo contra o Santos. Em resposta, Wander comemorou, dizendo que guardaria dinheiro para apostar, sugerindo conhecimento prévio da ocorrência. A PF interpreta esses diálogos como evidência de informação privilegiada sendo usada para apostas esportivas.

Além de Bruno Henrique, outras nove pessoas foram indiciadas no inquérito. Dentre elas, três possuem vínculo familiar com o atleta: seu irmão, sua cunhada Ludymilla Araújo Lima e sua prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Todos realizaram apostas que renderam retornos financeiros no jogo em que Bruno recebeu o cartão. A cunhada, por exemplo, apostou em duas plataformas distintas, obtendo lucro em ambas.

Em outra conversa, o jogador mencionou a necessidade de R$ 10 mil por semana para participar do que chamou de “negócio de aposta”. Wander chegou a demonstrar interesse em entrar no esquema, mas Bruno o desencorajou, indicando que o conteúdo era “pesado demais”. A PF também destaca um trecho em que Bruno cita “Lajinha”, supostamente uma terceira pessoa usada nas transações.

A investigação teve início após um alerta da International Betting Integrity Association (IBIA), recebido pela CBF em julho de 2024. O alerta apontava apostas atípicas na partida contra o Santos, feitas em sua maioria por usuários localizados em Belo Horizonte, cidade natal de Bruno. Até o momento, a assessoria do atleta não se pronunciou sobre o caso.