Leonardo Jardim tratou como naturais as críticas que vem recebendo à frente do Cruzeiro. Ele ressaltou que a pressão faz parte da cultura do futebol brasileiro e apontou que a única maneira de afastar a desconfiança é com trabalho: “Até papagaio fala”.
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O Cruzeiro vive um momento delicado na temporada. O time de Leonardo Jardim empatou fora de casa com o São Paulo, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo (13/4), no Morumbis, em 1 a 1. Os gols da partida foram marcados por Ferreirinha, para os donos da casa, e Kaio Jorge igualou o marcador para a equipe celeste. O resultado fez a Raposa chegar aos quatro pontos na tabela de pontuação e à 12ª posição na competição.
Embora o empate longe do Mineirão possa ser encarado positivamente, ele não afasta a turbulência do Cruzeiro. Depois da derrota dentro de casa para o Mushuc Runa, do Equador, pela Copa Conmebol Sul-Americana, torcedores cruzeirenses foram à Toca da Raposa II e protestaram contra as atuações ruins.
No mesmo dia, o dono da SAF, Pedrinho BH, se reuniu com uma comitiva de atletas e alinhou algumas expectativas. O mandatário ressaltou a confiança que tem no elenco, mas ela não suavizou a pressão da torcida.
No entanto, isso não assusta o técnico Leonardo Jardim. Após o empate com o São Paulo, o português ressaltou que as cobranças fazem parte da cultura do futebol brasileiro e que a única forma de afastar a desconfiança é com a melhora do desempenho em campo.
“Primeiro lugar que, no Brasil, estou me adaptando. É pressão todo dia. O futebol brasileiro vive dessa emoção à flor da pele, logo na quarta rodada. Eles sabem disso. Mas os jogadores tiveram atitude dentro do campo, que acho que os profissionais devem fazer. Não se joga falando. Trabalhei com um jogador do Botafogo em Dubai, que falava que até papagaio fala. Jogar que é importante”, disse.
