Além dos títulos e da revolução tática, Jorge Jesus ficou marcado por uma postura rígida nos bastidores. E um episódio curioso veio à tona recentemente, mostrando que ele não abria exceção nem mesmo para dirigentes do próprio clube. A revelação foi feita por Vinicius Castro, ex-assessor de imprensa do Fla, e mostra o quanto o português valorizava o controle absoluto do ambiente de trabalho.
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CT do Ninho sob vigilância total

Segundo Vinicius, Jorge Jesus não tolerava qualquer presença externa nos treinamentos, mesmo que fosse de membros influentes do clube.
“Uma vez um conselheiro do Flamengo estava na varanda do CT… Quando ele viu esse conselheiro… falou: ‘Evandro, quem é esse gajo?’ (…) ‘Se é do conselho que fique no conselho, mande sair agora’”, relembrou o ex-assessor, em entrevista ao canal ‘Só Resenha’.
Vale destacar que o dirigente em questão nem sequer era Marcos Braz ou Bruno Spindel, nomes mais conhecidos do futebol rubro-negro. Isso porque, para Jesus, o foco e a concentração do grupo estavam acima de qualquer relação política.
José Boto segue a mesma linha
Sendo assim, a chegada de José Boto como diretor técnico reforçou esse estilo. Uma das primeiras medidas do português foi justamente “fechar” o CT Ninho do Urubu. Em sua apresentação, ele foi claro: “Aqui só entra quem tem a ver com o futebol”.
Além disso, proibiu visitas aleatórias ao centro de treinamento e também vetou a presença de não-funcionários do departamento de futebol em viagens e hotéis.
Dessa maneira, Boto resgata um modelo de gestão que remete aos tempos de maior excelência do clube. Com isso, o Flamengo busca restabelecer a disciplina e o foco total na rotina profissional, algo que rendeu frutos em 2019.
Compromisso em campo continua
Enquanto o bastidor segue blindado, o Rubro-Negro volta suas atenções para o Brasileirão. Nesta quarta-feira (16), o time de Filipe Luís encara o Juventude, às 21h30, no Maracanã.
Portanto, essa é mais uma chance de mostrar que, dentro e fora de campo, o Flamengo está cada vez mais alinhado.