A fase de Vitor Roque no futebol brasileiro voltou a ser tema na imprensa internacional. O jornal Marca publicou nesse sábado (12) sobre o “início turbulento” da trajetória do atacante no Palmeiras, marcando-a pelo ”jejum incômodo” de gols e atuações sem brilho. A publicação ainda descreve a situação vivida pelo camisa 9 como um “pesadelo”, refletindo a crescente pressão em torno do jogador de 20 anos.
Notícias mais lidas:
A matéria destaca o gol anulado no dérbi paulista após revisão do VAR. A jogada, originada por um cruzamento finalizado com uma cabeçada precisa, culminou em explosão de alívio do atacante. No entanto, o sentimento rapidamente se transformou em frustração quando o árbitro, após revisão no monitor, invalidou o lance por impedimento na origem da jogada. “Tão perto, mas tão longe”, resumiu o texto publicado pelo diário espanhol.
Aliás, essa não foi a primeira vez que um gol do atacante foi anulado. Anteriormente, na partida contra o Cerro Porteño pela Copa Libertadores, Roque teve outro tento invalidado por posição irregular, também identificada com auxílio do VAR. A soma dos lances anulados contribui para o cenário de jejum: são oito jogos sem marcar e um total de 575 minutos em branco.
Surpreendentemente, essa marca iguala a pior seca da carreira do atacante. Conforme lembrou a reportagem espanhola, ele também levou oito partidas para marcar pelo Cruzeiro. No Athletico Paranaense foram cinco jogos, no Barcelona seis e no Betis, apenas dois. A expectativa gerada pelo retorno ao Brasil, portanto, contrasta com o momento vivido. Afinal, Roque chegou ao Palmeiras envolto em grande expectativa, após passagem relâmpago pela Europa.
O atacante perdeu espaço no time titular desde a semifinal do Campeonato Paulista, na qual teve desempenho apagado diante do São Paulo. Na final contra o Corinthians, acabou no banco e alterna, desde então, atuações como centroavante ou pela ponta esquerda. Ainda assim, o técnico Abel Ferreira tem demonstrado tranquilidade pública ao tratar do momento do atleta, classificando a questão como algo natural.
“Em seu VAR, aquele lance do gol contra o Cerro Porteño foi válido”, afirmou o treinador, após a partida. Em outra ocasião, após o Dérbi contra o Corinthians, preferiu dividir a responsabilidade pelo baixo aproveitamento ofensivo da equipe. “Hoje poderíamos e deveríamos ter feito mais dois ou três gols e não conseguimos. Pena o resultado ter sido muito curto pela produção da nossa equipe”, declarou Abel.
O clube desembolsou 25,5 milhões de euros (cerca de R$ 159 milhões, na cotação da época), além de 5 milhões de euros em bônus, por 80% dos direitos econômicos do jogador — tornando-o o reforço mais caro da história do futebol nacional.