O árbitro assistente da CBF, Claitom Timm, tomou providências legais nesta terça-feira (15) ao registrar um boletim de ocorrência por difamação contra quatro jogadoras do América-MG e o diretor de futebol feminino do clube, Daniel Paiva. A iniciativa ocorre após as atletas o acusarem de assédio durante uma partida do Campeonato Brasileiro Feminino, realizada contra o Juventude, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), no dia 23 de março.
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Conforme relatado, as jogadoras procuraram uma equipe da Força Tática que patrulhava os arredores do estádio e relataram o caso de assédio. As denunciantes, juntamente com o árbitro e demais testemunhas, foram encaminhados à delegacia local, onde os depoimentos foram colhidos. A denúncia levou à abertura de um inquérito, que foi encerrado sem indiciamento e arquivado posteriormente pela Justiça.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul, após análise do inquérito policial, se manifestou pelo arquivamento do caso. A decisão foi homologada no dia 4 de abril pela juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, da 1ª Vara Criminal de Bento Gonçalves. Assim sendo, Claitom Timm não foi formalmente acusado, tampouco indiciado pelas autoridades competentes.
Ainda assim, o árbitro alegou que a denúncia causou transtornos à sua imagem, principalmente em razão da repercussão nas redes sociais. “A vítima foi acusada de crime com a ciente falta da verdade pelo ofensor. Foram atribuídas ofensas à reputação da vítima no meio social”, consta no registro feito por ele.
Em nota oficial, o América-MG lamentou o arquivamento precoce do processo. “O clube continuará na sua luta por um ambiente esportivo cada vez mais justo, igualitário e respeitoso, sem discriminação, assédio e violência”, declarou.
Enquanto aguarda um posicionamento oficial da CBF, que o afastou preventivamente da escala de arbitragem, Claitom Timm pretende dar continuidade ao processo no âmbito cível, com a intenção de responsabilizar os envolvidos pelas acusações.