CBF toma atitude importante sobre os árbitros no Brasileirão

Troféu do Brasileirão (Foto: Lucas Figueiredo/ CBF)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu início, nesta terça-feira (15), a um período especial de treinamentos para os árbitros da Série A do Campeonato Brasileiro. Ao todo, 72 profissionais — incluindo árbitros principais, assistentes e operadores do VAR — participam das atividades. O foco da iniciativa está na melhoria dos critérios de arbitragem e na tentativa de reduzir a discrepância nas interpretações dentro de campo.

Rodrigo Martins Cintra, coordenador-geral da Comissão de Arbitragem da CBF, afirmou que a padronização plena é inviável, pois “são seres humanos de convicções diferentes”. Contudo, enfatizou que a aproximação de critérios é possível com treinamento contínuo. “Estamos atuando desde a conceituação. O VAR não está ali para intervir, e sim para assistir o árbitro”, explicou, defendendo a redefinição do papel da tecnologia no futebol.

As atividades ocorrem com base em situações reais de jogo. Pela manhã, árbitros atuam em partidas entre equipes das categorias de base do Rio de Janeiro. Em seguida, recebem avaliações sobre suas decisões. As tardes são dedicadas a aulas teóricas nas dependências da CBF, e o programa segue até quinta-feira (17).

O processo de profissionalização da arbitragem brasileira está previsto para ser finalizado em 31 de dezembro de 2026. Segundo Cintra, essa antecipação dos treinamentos, antes prevista apenas para junho, busca acelerar o desenvolvimento técnico dos profissionais. “Repetindo, repetindo, conseguimos avançar anos-luz”, comentou.

Erros recentes, como os registrados em Internacional 3 x 0 Cruzeiro e Sport 1 x 2 Palmeiras, resultaram no afastamento de árbitros de campo e do VAR. Cintra afirmou que essas medidas visam “instrução e orientação”, e que o trabalho de correção independe da repercussão pública.

Aliás, o uso do VAR também foi debatido após o gol validado de Vegetti, do Vasco, contra o Sport. Segundo Alício Pena Júnior, coordenador do CEAB, as imagens usadas pelo VAR foram as únicas disponíveis no momento da decisão, o que reforça a importância de critérios mais próximos e decisões mais fundamentadas.