Mesmo com um elenco recheado de estrelas e grande produção ofensiva, o Flamengo ainda enfrenta críticas quanto à sua efetividade no ataque. O desempenho aquém do esperado nesse aspecto voltou à pauta após a análise do ex-lateral Ramon Motta no programa Tá na Área, do Sportv.
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Segundo ele, a equipe comandada por Filipe Luís tem esbarrado em um problema que vai além das estatísticas: o excesso de preciosismo nas jogadas decisivas.
Volume ofensivo sem agressividade

Na visão de Ramon, o Rubro-Negro cria bem, mas finaliza pouco. “O Flamengo está com muito preciosismo, precisa finalizar. Flamengo tem a chance de chutar para o gol e não chuta para o gol”, criticou o comentarista, ao apontar que o time tem buscado o passe ou o drible a mais, perdendo a oportunidade de concluir as jogadas com objetividade.
Além disso, o ex-jogador destacou que essa insistência em buscar o “gol bonito” ou a jogada perfeita tem atrapalhado o desempenho ofensivo. “Sempre quer entrar muito na área, sempre quer fazer uma jogada de efeito”, reforçou.
Por isso, ele acredita que a solução passa por uma mudança de postura no terço final do campo. Sendo assim, aumentar o número de finalizações pode ser essencial para melhorar os resultados.
Estatísticas mostram outro lado
Vale destacar que, apesar das críticas, os números recentes mostram que o Flamengo tem finalizado mais do que seus adversários. Contra o Grêmio, foram 10 chutes rubro-negros contra 8 dos gaúchos. Diante do Central Córdoba, o time de Filipe Luís teve 19 finalizações, enquanto o rival somou apenas 8. Já contra o Vitória, a diferença foi de 14 a 5.
Dessa maneira, embora os dados mostrem volume, a falta de precisão continua sendo um desafio. Com isso, o Rubro-Negro precisa alinhar criação e finalização para transformar superioridade em vitórias.
Portanto, buscar o equilíbrio entre beleza e eficiência pode ser o caminho ideal. Isso porque, no futebol, nem sempre o mais bonito é o mais eficaz.