A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta terça-feira (15), o parecer oficial do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI) sobre o segundo gol marcado por Vegetti na vitória do Vasco sobre o Sport, no último sábado (12) , pelo Campeonato Brasileiro. O documento analisa o lance polêmico que gerou reclamações por parte do clube pernambucano, que alegou falta do atacante vascaíno sobre o zagueiro Lucas Cunha.
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Segundo o parecer, houve, de fato, um empurrão com o braço direito de Vegetti nas costas do defensor, com um leve toque no rosto de Cunha. No entanto, o comitê afirmou que o movimento faz parte da disputa por espaço em jogadas aéreas e, apesar de dificultar a ação defensiva, não foi considerado falta. “Esse movimento tende a dificultar a possibilidade do defensor de realizar o salto e, consequentemente, disputar a bola”, diz o documento.
A avaliação destaca que o lance é interpretativo e que, se a situação fosse inversa — ou seja, um defensor agindo da mesma forma contra um atacante — a decisão mais provável também seria a de não infração. “A dinâmica da partida em disputas aéreas na área deve ter critério e uniformidade”, destacou o CCEI, ao justificar a não marcação da falta no lance que resultou em gol.
Anteriormente à divulgação do parecer técnico, a CBF já havia publicado os áudios e imagens da checagem do VAR. Na ocasião, o árbitro Wilton Pereira Sampaio consultou apenas um ângulo no monitor à beira do campo, sem visualizar o contato no rosto de Lucas Cunha. A equipe de arbitragem do VAR, liderada por Caio Max Augusto Vieira, focou sua análise no contato na região do quadril.
Conforme revelado posteriormente, havia um ângulo captado por uma câmera atrás do gol que mostrava com mais clareza o toque de Vegetti no rosto do zagueiro. Entretanto, essa imagem não foi apresentada ao árbitro na revisão de campo, o que levantou questionamentos sobre o critério adotado pela equipe do VAR.
O comentarista de arbitragem da TV Globo, PC Oliveira, criticou a decisão. “Caio Max não utilizou os melhores ângulos. Para mim, a falta se configura nessa ação do Vegetti no rosto do adversário”, afirmou. Ele acredita que, caso Wilton tivesse acesso à imagem mais clara, a decisão de validar o gol poderia ter sido diferente.