O interesse de Jorge Sampaoli em retornar ao comando do Santos até existiu, mas não vai se concretizar. Embora o treinador argentino tenha iniciado uma análise minuciosa do elenco, o ambiente político do clube e a falta de alinhamento entre presidência e diretoria executiva dificultaram o avanço das conversas. O presidente Marcelo Teixeira desejava contar com o técnico, que decidiu recusar a oferta.
Notícias mais lidas:
Sampaoli demonstrou cautela antes de tomar qualquer decisão. Apesar de ter solicitado à sua equipe um estudo aprofundado do atual plantel, ele ainda não estava convencido do projeto esportivo apresentado. A instabilidade interna e as recentes declarações do CEO Pedro Martins acentuaram o receio do treinador, que prefere um cenário de maior clareza e autonomia para desenvolver seu trabalho.
Pedro Martins, aliás, adotou um tom firme ao afirmar que não pretende “entregar as chaves do clube” ao próximo técnico. O dirigente também ressaltou que o orçamento não comporta grandes investimentos, o que contrasta com o histórico de Sampaoli, que costuma exigir reforços expressivos para montar suas equipes. Esse desalinhamento torna a negociação ainda mais delicada.
O Santos, então, precisa retomar os contatos por técnicos e pensar num ‘Plano B’. A prioridade segue sendo encontrar um nome que esteja de acordo com o planejamento estabelecido pela cúpula do clube.
Anteriormente, nomes como Tite e Dorival Júnior foram sondados, mas as conversas não avançaram. Agora, o clube considera outras alternativas, embora nenhuma negociação concreta tenha sido iniciada até o momento.
Mesmo com intenção mútua, o retorno do argentino não vai, ao menos por ora, acontecer. A complexidade do contexto político e financeiro do clube exige cautela, tanto do Santos quanto de Sampaoli, que recusou a investida.
Sem técnico, o Santos pensa no campo e se prepara para o próximo desafio, em jogo válido pela quarta rodada do Brasileirão. O duelo será disputado na quarta (16), às 21h30 (de Brasília).