O atacante Dudu, atualmente no Cruzeiro, está envolvido em uma disputa judicial com Leila Pereira, presidente do Palmeiras. O caso teve início após publicações feitas pelo jogador em suas redes sociais, criticando declarações da dirigente sobre sua saída do clube paulista. Em uma das mensagens, Dudu afirmou: “O caminhão estava pesado e mandaram eu sair pela porta do fundo! (…) Me esquece, vtnc”. Em outra ocasião, escreveu que Leila seria “mais falsa que nota de R$ 2”.
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A reação da presidente não demorou. Em 27 de janeiro, ela ingressou com um processo por danos morais, solicitando o pagamento de R$ 500 mil. Conforme o pedido, caso a ação seja julgada procedente, o valor deverá ser destinado a uma instituição voltada à defesa das mulheres, escolhida pelo juiz. Contudo, a defesa de Dudu rebate as acusações e alega que o jogador foi, na verdade, vítima de danos morais e psicológicos por parte da mandatária alviverde.

A advogada do atleta sustenta que a sigla “VTNC”, presente em uma das postagens, não teve conotação ofensiva. Segundo ela, Dudu poderia estar se referindo à expressão “Vim Trabalhar No Cruzeiro”. Além disso, a defesa afirma que Leila teria impedido o atacante de atuar nas partidas finais de 2024 pelo Palmeiras. Por isso, pede uma indenização de mesmo valor, a ser destinada a uma instituição de apoio a crianças em situação de vulnerabilidade.
Um ponto relevante do processo é a citação ao atacante Rony, do Atlético. Dudu e Rony foram companheiros no Palmeiras e, segundo a defesa, ambos passaram por situações semelhantes. Rony também tinha contrato vigente com o clube, mas foi pressionado a sair, conforme os advogados. O jogador quase acertou com o Vasco, que ofereceu melhor remuneração, mas Leila teria barrado o negócio, direcionando sua transferência para o Atlético, mesmo com salário inferior.
Na ação, a defesa argumenta que Rony aceitou a proposta do Atlético por medo de represálias, como ser mantido no elenco sem jogar ou sofrer hostilidade interna. Assim sendo, a situação do jogador é utilizada para reforçar a tese de que Leila teria adotado um padrão de comportamento autoritário com atletas em processo de saída do clube. A defesa fala em retaliações, abuso de poder e assédio moral.
Por fim, o pedido apresentado por Dudu inclui, além da rejeição da acusação de Leila, a proibição para que ela mencione seu nome publicamente, sob multa de R$ 100 mil por citação. O jogador também requer uma retratação pública e que esta seja publicada nos canais oficiais do Palmeiras e exibida nos telões do Allianz Parque antes dos jogos, por um ano. Caso não cumpra, a multa prevista é de R$ 1 milhão por partida.