O empate em 2 a 2 entre Botafogo e São Paulo, na noite desta quarta-feira (26), acabou ofuscado por um episódio fora das quatro linhas: a forte reação da torcida alvinegra contra o técnico Renato Paiva.
Notícias mais lidas:
Apesar dos gols de Savarino e Igor Jesus, que evitaram a derrota em casa pela quarta rodada do Brasileirão Betano, a atuação do time e, principalmente, as substituições do treinador, geraram revolta nas arquibancadas. O clima esquentou no Nilton Santos e ganhou ainda mais repercussão após o apito final.
Alterações contestadas e vaias no Engenhão
Durante o segundo tempo, quando o Botafogo ainda era derrotado, Renato Paiva ouviu gritos de “burro” ao tirar Gregore para colocar Patrick de Paula. A mudança foi o estopim para a ira dos torcedores, que não concordaram com a decisão. Apesar da reação com o gol de empate de Igor Jesus, o sentimento de frustração seguiu dominando o estádio.
Além disso, o Glorioso teve chances para buscar a virada nos minutos finais, mas não aproveitou. Por isso, o ambiente no Engenhão ficou ainda mais carregado de críticas e desconfiança.
Técnico responde e defende suas decisões
Na entrevista após o jogo, o treinador português comentou o episódio. “A torcida tem direito a se manifestar, é um direito democrático e público e o treinador tem que saber viver com isso”, disse.
Sendo assim, Paiva afirmou respeitar os protestos, mas ressaltou que suas escolhas são feitas com base na leitura tática da partida.
“O Gregore é mais defensivo que o Marlon (…) não me interessa ter dois zagueiros, um meia mais defensivo e dois laterais que muitas das vezes são dois extremos”, justificou.
Vale destacar que o técnico também demonstrou incômodo com o resultado. “Cara, fizeste um número de finalizações suficientes para ganhar este jogo e não ganhaste”, desabafou.
Dessa maneira, Paiva tenta equilibrar a pressão externa com sua visão de jogo. Com isso, o Botafogo entra em alerta, porque a cobrança da torcida promete seguir intensa nas próximas rodadas.