A vitória sobre o Juventude no Maracanã poderia ter sido apenas mais um capítulo positivo na campanha do Flamengo no Brasileirão. No entanto, mesmo com o bom desempenho em campo e gol de Arrascaeta, o que ganhou força nas arquibancadas foi a insatisfação dos torcedores com os altos preços dos ingressos.
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Dessa maneira, o clima de festa deu lugar a um protesto direto contra a diretoria, que precisa lidar com um problema fora das quatro linhas.
Preço alto, paciência curta
Durante o primeiro tempo, ainda com o placar de 1 a 0, os torcedores do setor Norte, onde se concentram as organizadas, puxaram um canto emblemático: “Ô, ô, ô, ô, ô, abaixe os ingressos!”. Isso porque os valores praticados desde o início do atual mandato vêm sendo criticados com frequência nas redes sociais e, agora, ganharam eco no estádio.
Além disso, o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, foi alvo de ofensas no meio da partida. Aos gritos, a torcida mandou: “Ei, Bap, vai tomar no c…”. Vale destacar que essa não é a primeira vez que o dirigente é alvo da torcida em jogos no Maracanã.
Maracanã com setores fechados
O impacto do protesto ficou visível na própria ocupação do estádio. As arquibancadas superiores dos setores leste e sul permaneceram fechadas por falta de ingressos adquiridos. Com isso, o Maracanã teve um público abaixo do esperado, mesmo com a boa fase do time.
Cabe ressaltar que os demais setores, como norte, leste inferior e oeste, também não estavam completamente lotados. Sendo assim, o recado da torcida foi claro: os preços afastam o povão.
Diretoria ainda não respondeu
Portanto, a vitória foi importante, mas a cobrança por mais sensibilidade com o torcedor também se destacou. A diretoria ainda não se manifestou oficialmente, e os protestos devem continuar. Desse jeito, a pressão tende a crescer rodada após rodada.
