A turbulência no Grêmio ganhou novos contornos após a dura derrota por 4 a 1 diante do Mirassol, na noite de quarta-feira (16). O resultado, além de colocar o clube perigosamente próximo da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, escancarou o momento de instabilidade vivido internamente. O atacante Martin Braithwaite, um dos principais nomes do elenco, não escondeu sua frustração e fez duras críticas ao desempenho da equipe.
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“Foi uma vergonha”, resumiu o dinamarquês ao deixar o gramado. Segundo ele, o futebol apresentado está distante do que se espera de um clube da grandeza do Grêmio. “No momento, não está suficiente. Mas temos que sair dessa situação juntos”, completou, visivelmente incomodado com a sequência de resultados negativos.

A queda de rendimento do time ficou ainda mais evidente diante da repetição de erros básicos. Nos dois últimos compromissos, o Tricolor sofreu gols nos minutos iniciais, fator que comprometeu a organização tática e deixou o grupo sem reação. Aliás, contra o Mirassol, o primeiro gol saiu logo aos dois minutos de jogo, minando qualquer estratégia planejada previamente.
Como resultado da pressão acumulada, o técnico Gustavo não resistiu e teve sua saída confirmada pela direção gremista. A decisão veio logo após a partida e, embora esperada nos bastidores, simboliza mais um capítulo conturbado na atual temporada do clube. A ausência de um nome definido para assumir o comando técnico amplia o clima de incerteza.
Agora, o foco se volta para o Gre-Nal 447, marcado para este sábado (19), às 21h (horário de Brasília), na Arena. O clássico, que sempre carrega grande peso, ganha proporções ainda maiores neste contexto. Afinal, uma vitória pode representar o início de uma recuperação; entretanto, um novo tropeço pode aprofundar a crise interna.
Braithwaite, apesar das críticas, garantiu que o elenco segue empenhado. Ainda assim, suas declarações evidenciam que o ambiente está desgastado. Conforme ele próprio indicou, “não tem mais clima”, expressão que resume não só seu estado de espírito, mas também o sentimento generalizado entre os jogadores. Resta saber se o clássico será capaz de mudar esse panorama.