A goleada por 6 a 0 sobre o Juventude poderia ter sido apenas motivo de celebração no Maracanã, mas a noite de quarta-feira (16) também foi marcada por protestos nas arquibancadas. O alvo? A política de preços adotada pela diretoria do Flamengo.
Notícias mais lidas:
Torcedores demonstraram forte insatisfação com os valores cobrados para assistir aos jogos no estádio, levantando uma discussão que ultrapassa o placar e mexe diretamente com a relação entre clube e torcida.
Arquibancadas cheias de críticas
Durante o duelo do Brasileirão, gritos como “abaixem os ingressos” e “ei, Bap, vai tomar no…” ecoaram nas arquibancadas. Além disso, uma faixa com os dizeres “ingresso caro, arquibancada vazia” ganhou destaque nas imagens da transmissão.
Por isso, mesmo com o bom desempenho em campo, a insatisfação da torcida dominou parte do noticiário após o apito final.
Vale destacar que 28.931 pessoas pagaram ingresso para o jogo, com público total de 31.445. Os preços variaram entre R$ 80 e R$ 500. Cabe ressaltar que o clube optou por não abrir o setor Leste Superior e parte da arquibancada Sul, o que acentuou ainda mais o debate sobre os altos valores.
Bap endurece o discurso e não pretende recuar
Segundo o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o presidente rubro-negro Luiz Eduardo Baptista, o Bap, reforçou internamente que não haverá mudanças na política de preços.
Em reunião com o vice de Marketing, Ricardo Hinrichsen, ele teria afirmado que, se for necessário, o clube continuará deixando setores vazios. Isso porque, na visão da diretoria, os atuais valores fazem parte de uma estratégia de gestão.
No entanto, esse encontro entre Bap e Hinrichsen não teria acontecido na quinta-feira (17). Com isso, o cenário permanece indefinido, e a cobrança da torcida deve continuar.
Clima tenso às vésperas do clássico
O Flamengo volta ao Maracanã neste sábado (19), contra o Vasco, e a expectativa é de casa cheia. Sendo assim, a relação entre preço e ocupação das arquibancadas será novamente colocada à prova.
Dessa maneira, encontrar um equilíbrio entre faturamento e presença popular é o desafio. Como disse Danilo, “o Flamengo é do povo”.