A atual temporada tem sido atípica para o Manchester City. Após quatro títulos consecutivos da Premier League, a equipe comandada por Pep Guardiola enfrenta um cenário menos confortável na reta final da atual edição da competição. Fora das fases finais da Liga dos Campeões, o treinador espanhol admitiu o impacto emocional dessa ausência, mas transformou a frustração em combustível para os desafios que ainda restam no calendário.
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Durante a semana, Guardiola revelou que acompanhou atentamente os jogos das quartas de final da Liga dos Campeões. O técnico destacou as partidas entre Paris Saint-Germain e Aston Villa, além do confronto entre Borussia Dortmund e Barcelona.
“Foram jogos muito bons. Aproveitei assisti-los e, claro, senti falta de estar lá”, declarou. Conforme o treinador, os confrontos serviram como fonte de motivação para buscar a classificação à próxima edição do torneio continental.
Situação na Premier League e motivação renovada
Atualmente, o City disputa ponto a ponto uma vaga entre os cinco primeiros colocados da Premier League — o que garante presença na Liga dos Campeões de 2025/26. O duelo contra o Everton, marcado para sábado (19), às 11h (de Brasília), em Goodison Park, será decisivo. O estádio, aliás, receberá o time de Pep pela centésima vez antes da mudança definitiva dos Toffees para um novo endereço na zona portuária de Liverpool.
“É uma motivação. Não é ruim lutar para se classificar para a Liga dos Campeões”, afirmou Guardiola. O treinador também destacou que, apesar das dificuldades, a equipe conseguiu reagir nos últimos meses. “As pessoas dizem que estamos em quarto agora, mas poderíamos estar em 11º, 12º ou até 14º. Fizemos algumas coisas boas nos últimos quatro ou cinco meses”, analisou.
Aliás, Guardiola não minimizou os problemas enfrentados ao longo da temporada. “Esta temporada não estamos no nosso melhor nível, mas estamos nos saindo bem. Está em nossas mãos”, declarou. Ainda segundo ele, os jogos restantes, especialmente contra rivais diretos como o Aston Villa, serão determinantes para o desfecho do planejamento do clube.
Elenco afetado por lesões e desfalques importantes
Além do desempenho irregular, a equipe teve que lidar com ausências significativas por lesão. Segundo o próprio Guardiola, Ederson e Haaland seguem fora, sem previsão de retorno. “Ederson não está pronto para amanhã. Haaland também não, nem para as partidas seguintes”, confirmou o técnico. Por outro lado, há sinais positivos quanto a outros nomes importantes.
“Foden treinou na quinta-feira e fará sua segunda sessão hoje. Akanji também treinou conosco algumas vezes e está indo bem”, explicou.
Essas incertezas físicas impõem um desafio adicional para a montagem do time em uma semana crucial, que também inclui uma semifinal da FA Cup contra o Nottingham Forest, em Wembley.
Reconhecimento dos adversários e autocrítica
Apesar do lamento pela eliminação precoce na Liga dos Campeões diante do Real Madrid, Guardiola demonstrou serenidade ao reconhecer os méritos de outras equipes. “No esporte, às vezes você não joga bem e não merece estar lá. Há times que fizeram melhor que nós”, refletiu. Ainda assim, ele reiterou a expectativa de retornar ao cenário de protagonismo europeu. “Espero que na próxima temporada possamos estar lá com os grandes clubes da Europa e desafiá-los melhor do que fizemos nesta temporada.”
Em tom realista, mas esperançoso, Guardiola encerrou sua fala destacando o espírito competitivo que ainda move o City. “Não me queixo muito do que a vida me dá, nos bons e maus momentos. A motivação continua a mesma”, concluiu.