Principal reforço do Atlético-MG para a temporada de 2025, Júnior Santos ainda não conseguiu corresponder ao status de estrela com o qual desembarcou em Belo Horizonte. Artilheiro da Libertadores no ano passado e peça-chave na campanha vitoriosa do Botafogo, o atacante chegou ao Galo com grande expectativa, mas tem enfrentado obstáculos dentro e fora de campo.
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A negociação que trouxe o jogador para o futebol mineiro foi marcada por insistência. A primeira investida do Atlético-MG girou em torno de 7 milhões de dólares — cerca de R$ 42 milhões na cotação da época —, mas o Botafogo recusou.
O desejo do proprietário da SAF alvinegra, John Textor, era manter o atleta. Contudo, o Atlético elevou a proposta para 8 milhões de euros (R$ 48 milhões), incluindo contrato de três anos. O desejo do próprio Júnior Santos pela transferência acabou sendo determinante.
Antes mesmo da oficialização do acerto, o diretor de futebol Victor Bagy já sinalizava uma chegada de impacto. “Temos, sim, um nome importante em negociação. Se se confirmar, acredito que vai realmente dar essa tranquilidade ao torcedor”, declarou, criando expectativa em torno do novo contratado.
No entanto, a trajetória de Júnior Santos no Galo começou com dificuldades. Ele estreou vindo do banco no clássico contra o América-MG, válido pela primeira fase do Campeonato Mineiro. Em seguida, teve nova entrada durante o duelo com o Villa Nova-MG. Ganhou chance como titular posteriormente, mas foi expulso e acabou ficando fora do clássico contra o Cruzeiro.
A primeira lesão surgiu pouco depois. Durante um treino, o atacante sofreu uma contusão no tendão e ficou afastado por mais de um mês. Após recuperação, retornou na vitória sobre o Itabirito, desperdiçando chances de marcar. Voltou a campo na estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Grêmio, e também participou da partida diante do São Paulo.
Aliás, Júnior Santos ainda não balançou as redes pelo Atlético-MG. Ao todo, já são sete partidas disputadas sem gols marcados. O atacante, que se destacou no Botafogo com 20 gols e quatro assistências em 50 jogos — contribuindo diretamente para os títulos do Campeonato Brasileiro e da Conmebol Libertadores —, ainda não conseguiu repetir o mesmo desempenho no clube mineiro.
Atualmente, o jogador está afastado em função de mais uma lesão muscular. Assim sendo, não estará em campo no reencontro entre Atlético-MG e Botafogo, que se enfrentam neste domingo (20), em um duelo que remete à final da última Libertadores.
Conforme o tempo passa, aumenta a cobrança por resultados concretos. “A diretoria tem que se explicar”, declarou a torcedora Carol Leandro, conhecida por ser uma das vozes mais influentes da torcida atleticana. Afinal, o investimento elevado por um jogador de destaque naturalmente gera expectativa.