A Fifa ainda enfrenta entraves significativos em relação à tributação das premiações do Mundial de Clubes de 2025, que será realizado nos Estados Unidos. Conforme revelado pelo jornal britânico The Guardian, a entidade não conseguiu garantir isenção fiscal para os clubes participantes, o que pode gerar impacto financeiro relevante, principalmente pela disparidade das alíquotas estaduais.
Notícias mais lidas:
Ao contrário da Copa do Mundo de seleções, agendada para 2026, a qual já possui isenção tributária assegurada, o Mundial de Clubes carece de garantias semelhantes. A situação se agrava pelo curto prazo restante para o início da competição, além da complexidade nas tratativas com autoridades fiscais de diferentes estados norte-americanos.
A título de exemplo, os clubes que disputarem partidas na Flórida estarão livres do imposto de renda estadual, já que esse tipo de cobrança não existe por lá. Contudo, em estados como Califórnia, Pensilvânia e Geórgia, os percentuais de imposto variam entre 3% e 7%, o que pode comprometer parte significativa das premiações distribuídas ao longo do torneio.
Cada equipe brasileira terá direito a 15,21 milhões de dólares apenas pela participação. Além disso, serão pagos 2 milhões de dólares por vitória e 1 milhão por empate na fase de grupos. Os valores aumentam progressivamente nas fases eliminatórias, o que reforça a preocupação com as eventuais perdas decorrentes da tributação.
Outro fator de preocupação é o fato de alguns estados não reconhecerem tratados de dupla tributação. Isso significa que os clubes podem ser obrigados a pagar impostos tanto nos EUA quanto em seus países de origem, elevando ainda mais os custos operacionais relacionados à participação no torneio.
Apesar do cenário incerto, a Fifa segue negociando com as autoridades locais e demonstra otimismo em resolver a questão. O presidente Gianni Infantino, inclusive, tem se empenhado pessoalmente, tendo se encontrado com o ex-presidente Donald Trump e feito visitas ao FBI nos últimos meses.
