O processo judicial envolvendo Daniel Alves ainda segue em curso na Espanha. Atualmente, o caso está sob avaliação do Tribunal Supremo, a instância mais alta do sistema judiciário espanhol. Esse tribunal examina se aceitará ou não os recursos apresentados pelo Ministério Público e pela defesa da jovem que acusa o ex-jogador de agressão sexual. A decisão sobre admitir esses recursos é o próximo passo fundamental do processo.
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Daniel Alves havia sido condenado em primeira instância, em fevereiro de 2024, a quatro anos e meio de prisão. Contudo, em março de 2025, o Tribunal de Justiça da Catalunha anulou a sentença anterior, absolvendo o brasileiro. A corte considerou que o depoimento da denunciante, embora plausível, não foi suficiente para sustentar a condenação sem provas adicionais. A defesa de Alves apresentou diversas versões sobre o ocorrido.
Atualmente, a principal dúvida é se o Supremo aceitará revisar a decisão da segunda instância. Especialistas explicam que o processo pode levar meses, devido ao tempo necessário para a triagem e análise dos recursos. Segundo Evaristo Nogueira Pol, ex-decano do Colégio da Advocacia de Santiago, “é preciso ser cauteloso”, já que o julgamento pode demorar de três a sete meses
A eventual reavaliação pelo Supremo não implicará em nova coleta de provas ou testemunhos. A análise será feita com base nos documentos já apresentados. Conforme o catedrático Jordi Nieva-Fenoll, ainda há lacunas sobre o que exatamente aconteceu no interior da discoteca, onde ocorreu o suposto crime.
Com a absolvição em segunda instância, Daniel Alves teve seus passaportes devolvidos e pode, caso deseje, retornar ao Brasil. Ele havia cumprido 14 meses de prisão preventiva até obter liberdade provisória em março de 2025.
Enquanto isso, a sociedade espanhola acompanha com atenção os desdobramentos. Grupos feministas já protestaram contra a anulação da condenação, demonstrando a complexidade social e jurídica do caso.
