O Brasil vive a expectativa da legalização dos cassinos físicos no país. Após a liberação do entretenimento online, o próximo passo é permitir que as empresas explorem os jogos presencialmente.
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Esse avanço acompanha uma realidade já consolidada em nível mundial, onde, com o crescimento global, os cassinos online seguem atraindo apostadores. Saiba quando apostar e quando parar.
Apesar de todo o crescimento do setor online, o cenário brasileiro caminha para uma nova fase no setor de jogos de azar, com a expectativa pela liberação da operação física.
Um dos principais pontos para isso é o poder de arrecadação. Segundo Felipe de Sá Tavares, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o país poderá arrecadar até R$ 37,3 bilhões por ano com cassinos físicos, enquanto o online deve chegar a R$ 14,5 bilhões.
Além disso, a legalização dos cassinos físicos pode impulsionar a criação de cerca de 1 milhão de postos de trabalho no Brasil, abrangendo vagas diretas e indiretas em diversos setores relacionados, como hotelaria, turismo, gastronomia, segurança e entretenimento.
“Em todos os outros países, a modalidade mais clássica de aposta é no cassino físico. Você consegue proibir que menor de idade entre, consegue criar mecanismos de controle reais para que aquele CPF não saia de uma mesa e vá pra outra, pode criar um 0800 onde um apostador compulsivo ou a família dele pode ligar e fazer um cadastro negativo daquele CPF”, defendeu Tavares.
Cassinos em resorts pode remodelar o turismo
O Projeto de Lei que prevê a legalização dos cassinos físicos no Brasil foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2022, mas ainda aguarda votação no Senado. Após adiamentos, a expectativa é de que uma decisão definitiva seja tomada em 2025.
Entre os defensores da proposta está o ministro do Turismo, Celso Sabino, que vê na liberação dos cassinos uma oportunidade estratégica para impulsionar a economia nacional, atraindo investimentos e fortalecendo o setor turístico.
“Nós vamos querer colocar cassinos na cidade mais pobre do Estado de São Paulo para levar o desenvolvimento para lá”, afirmou Sabino.
O Projeto de Lei prevê que ao menos uma unidade por estado será liberada, porém, alguns locais podem contar com mais, de acordo com sua população.
“Estamos em diálogo com os senadores, explicando o projeto. O mundo inteiro regulamenta essa atividade econômica, com raras exceções. Todos os nossos vizinhos já possuem cassinos regulamentados. O presidente Alcolumbre tem demonstrado simpatia pelo projeto. Acreditamos que será aprovado e sancionado em breve, e se tivermos cassinos, poderemos alcançar essa meta de participação do turismo no PIB”, completou Sabino.
Apostas esportivas x jogos de azar: o que muda?
As apostas esportivas envolvem palpites baseados em competições esportivas, como futebol, basquete ou tênis.
Nessa modalidade, os resultados dependem diretamente do desempenho de atletas ou equipes, o que permite ao apostador realizar análises prévias com base em estatísticas, histórico de desempenho, condições do jogo, entre outros dados relevantes.
Por outro lado, os jogos de azar são modalidades em que o fator sorte prevalece, como é o caso das máquinas caça-níqueis, roletas e bingos. Nessas opções, não há possibilidade real de prever os resultados com base em informações concretas, já que eles ocorrem de forma aleatória.
Assim, o jogador não conta com ferramentas analíticas para orientar suas decisões, o que torna os riscos mais elevados e os ganhos imprevisíveis.