Presidente da FIFA presta homenagem ao Papa Francisco

O falecimento do Papa Francisco, ocorrido na madrugada desta segunda-feira (21), às 2h35 (de Brasília), aos 88 anos, provocou reações emocionadas no cenário esportivo global. Um dos principais nomes a se manifestar foi Gianni Infantino, presidente da Fifa, que utilizou as redes sociais para prestar uma homenagem ao pontífice argentino, evidenciando a forte relação que ele cultivava com o futebol.

Francisco, nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, tornou-se o primeiro papa latino-americano e também o primeiro jesuíta a assumir o posto máximo da Igreja Católica. Sua ligação com o esporte, especialmente com o futebol, sempre foi evidente. Torcedor do San Lorenzo, clube argentino que conquistou sua primeira Libertadores um ano após sua eleição ao papado, o papa expressava publicamente sua admiração pela modalidade. Em diversas ocasiões, ele destacou que “o futebol é o esporte mais bonito do mundo”, como relembrou Infantino.

Aliás, o dirigente da Fifa afirmou estar “profundamente entristecido” com a perda e recordou momentos marcantes ao lado de Francisco. “Tive o privilégio de passar algum tempo com ele em algumas ocasiões, e ele sempre demonstrou seu entusiasmo pelo futebol”, declarou. Em suas palavras, Infantino destacou que o papa enxergava o futebol como uma ferramenta essencial na formação social, sobretudo na proteção e educação de crianças ao redor do mundo.

A relação entre Francisco e o universo esportivo ia além das arquibancadas. Conforme o presidente da Fifa, o pontífice enxergava o futebol como uma força unificadora capaz de promover o bem em escala global. Essa visão foi reafirmada pelo próprio papa em sua participação recente na Cúpula de Líderes Mundiais pelos Direitos das Crianças, realizada no Vaticano, onde reforçou sua crença no potencial do esporte como agente de transformação social.

Surpreendentemente, até seus últimos dias, o papa manteve sua postura ativa e sua mensagem de paz. Segundo Infantino, no Domingo de Páscoa — véspera de sua morte — Francisco ainda transmitia palavras de esperança à comunidade católica.

“Ele liderou pelo exemplo. Sei o quanto ele significava para os católicos ao redor do mundo. Envio minhas mais sinceras condolências a todos que o conheceram — sua comunidade, familiares e amigos. Todas as orações do mundo do futebol estão com ele. Que ele descanse em paz”, escreveu o dirigente.

Problemas de saúde

Francisco vinha enfrentando problemas respiratórios e estava em recuperação após uma internação de 38 dias por pneumonia nos dois pulmões. De acordo com informações divulgadas, ele será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na tradicional Basílica de São Pedro.

Portanto, mais do que uma autoridade religiosa, Francisco foi uma figura que conquistou o respeito e o carinho também do universo esportivo. Sua trajetória revela como o futebol, embora seja um jogo, pode igualmente representar valores maiores de união, educação e humanidade — princípios que o pontífice defendeu com convicção até o fim de sua vida.